Os trilhos de Kumano Kodo são uma das principais rotas de peregrinação do Japão, frequentemente chamados de Caminhos de Santiago do Xintoísmo e do Japão.
Neste artigo, vamos explorar tudo o que precisa saber sobre o trilho de Ogumotori-goe, de Nachisan a Koguchi, que faz parte da rota imperial Nakahechi. Este trilho é bastante difícil, com mais de 1000 metros de desnível acumulado positivo em cerca de 15 km.
A rota imperial Nakahechi é a principal rota do Kumano Kodo, normalmente composta por 5 etapas, podendo ser feita em ambas as direções, como todos os trilhos do Kumano Kodo.
O Ogumotori-goe pode ser feito em ambas as direções sem qualquer problema. Embora seja mais fácil fazer de Nachisan a Koguchi, é mais popular fazer o percurso inverso. Aqui, vamos descrever a nossa experiência caminhando de Nachisan a Koguchi, mas é indiferente a direção que escolher.
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Sobre o Kumano Kodo
No Xintoísmo, Kumano é uma região sagrada de cura e salvação. Personifica as origens espirituais do Japão e tornou-se, há muitos séculos, um local de peregrinação.
As montanhas luxuriantes da Península de Kii foram abençoadas com uma riqueza cultural e natural. Ao longo de mais de 1000 anos, pessoas de todos os estratos da sociedade, incluindo poetas, aristocratas e até imperadores aposentados, percorreram estes caminhos.
A rede de caminhos usada pelos peregrinos é agora chamada de Kumano Kodo. Caminhar pelo Kumano Kodo é uma experiência imersiva na cultura do Japão, ideal para viajantes ativos e aventureiros.
A rede de trilhos estende-se por toda a península, com diversas rotas de diferentes extensões e níveis de dificuldade. A rota principal é a Nakahechi, chamada de rota imperial devido ao seu uso frequente pela família imperial, que ao longo dos séculos peregrinava de Kyoto até esta região.
Na região do Kumano, existem três grandes templos, que em conjunto são conhecidos como Kumano Sanzan:
- Kumano Hongu – Situado no coração de Kumano, é um templo austero cujo pavilhões ficam na margem do rio Kumano-gawa. O seu portão de entrada tem uma dimensão impressionante.
- Kumano Hayatama – Situado na cidade de Shingu, na foz do rio Kumano-gawa, este templo marca o ponto final da rota imperial.
- Kumano Nachi – Construído nas montanhas, este templo é voltado para a impressionante Cascata Nachi, a mais alta do Japão, venerada no Xintoísmo como uma divindade. É provavelmente o mais fotogénico da região.
Ogumotori-goe
O Ogumotori-goe é um trilho de cerca de 15 km que liga Nachisan a Koguchi. É um trilho de elevado nível de dificuldade, portanto, deve estar bem preparado para realizá-lo. Abaixo, explicaremos tudo o que precisa saber para completar este trilho.
A dificuldade do percurso deve-se ao desnível acumulado (quase 1000 metros numa direção e mais de 1200 na outra) e às cerca de 7-9 horas necessárias para completá-lo. Não existem dificuldades técnicas, e o trilho está magnificamente marcado, sendo muito difícil perder-se.
Assim como todos os outros trilhos no Kumano Kodo, o Ogumotori-goe pode ser feito em ambas as direções. No entanto, a direção de Nachisan a Koguchi é um pouco mais fácil (menor desnível positivo), mas curiosamente também menos popular.
Nachisan
Nachisan é uma pequena aldeia turística onde se situa o famoso templo Kumano Nachi Taisha e a não menos conhecida Cascata de Nachi. Uma das imagens mais icónicas do Japão é mesmo a Pagoda de 3 pisos do templo com a cascata ao fundo. Olhando para as fotos, é fácil perceber porquê.
O acesso a Nichisan é bastante fácil a partir de KiiKatsura pois existem vários autocarros ao longo de todo o dia.
Koguchi
Koguchi é uma aldeia minúscula, onde se encontram vários rios de montanha. Esta aldeia não teria grande interesse se não fosse um dos pontos de paragem dos trilhos do Kumano Kodo. Assim, existem lá vários alojamentos típicos Japoneses. No entanto, é necessário reservar com antecedência pois esgotam rapidamente.
Caso não encontre alojamento em Koguchi, existe uma paragem de autocarro. De lá pode ir com alguma facilidade para Hongu, Shingu ou até Kii-kaatsura. Nós ficamos em Kii-Katsura e adoramos. Veja mais dicas sobre o alojamento em baixo.
Não podemos afirmar se este é o melhor trilho para fazer no Kumano Kodo, pois não os conhecemos todos. Mas podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que se escolher fazer este percurso, não se vai arrepender. A beleza natural ao longo do percurso é incrível. E começar ou terminar no templo Kumano Nachi e na cascata Nachi é a cereja no topo do bolo.
Caminhando o Ogumotori-goe de Nachisan a Koguchi
O trilho que fizemos foi de Nachisan a Koguchi e é assim que o vamos descrever, no entanto, pode facilmente usar esta informação para fazer o inverso.
Como já mencionamos, são cerca de 15 km de Nachisan a Koguchi, com um desnível acumulado positivo de 930 metros e negativo de 1260. Este percurso leva entre 7 e 9 horas para ser completado, dependendo do seu ritmo e paragens. Nós levamos cerca de 7 horas e 45 minutos, começando a caminhar às 7:45 e terminando às 15:30.
É muito importante não começar o trilho após as 8 horas, caso contrário podemos correr o risco de anoitecer antes de chegar ao destino, o que pode ser muito perigoso devido ao piso desnivelado e escorregadio.
Começando em Nachisan, iniciamos logo num dos pontos mais altos da região, o belo tempo de Nachi e a não menos impressionante cascata Nachi. Reserve pelo menos 30 minutos para explorar toda esta área.
Se vier de autocarro, sugerimos que saia na paragem da cascata e depois suba em direção ao templo. Se sair na última paragem, terá de voltar para trás para ir ver a cascata. Não é uma distância longa, mas convém poupar um pouco as pernas antes de um trilho tão longo.
O trilho começa bem próximo aos templos, e por isso não é muito visível à distância, mas não é difícil de encontrar, pois está bem sinalizado com um painel informativo.
O início do trilho é, sem dúvida, a secção mais exigente fisicamente, pois começamos logo com uma escadaria quase interminável. Há alguns pontos de descanso, como quando passamos por um parque, mas é basicamente sempre a subir, quase sempre em escadas de pedra, já muito usadas, gastas e lindíssimas.
Esta secção inicial leva-nos de cerca de 300 metros de altitude até mais de 800 metros. Com exceção de alguns pontos de descanso, é praticamente sempre a subir durante cerca de 4 km. No topo tem um ótimo lugar para descansar um pouco e tomar um segundo pequeno-almoço. Há até um pequeno abrigo e lugar para sentar.
Olhando para o mapa, pode parecer que a partir daqui temos uma longa secção mais ou menos plana, com algumas subidas e descidas não muito inclinadas. Mas ,na realidade, todo o percurso ou é a subir ou a descer, e muitas vezes com as típicas escadas de pedra. A única exceção é o último quilómetro e meio antes do ponto de descanso (ruínas da casa de chá Jizo-Jaya) que é feito continuamente em descida na estrada. É um descanso que os pés e as pernas agradecem.
Chegando às ruínas da casa de chá Jizo-Jaya, encontramos um ponto de descanso com mesas e cadeiras para almoçar, máquinas de venda automática (só bebidas) e casas de banho. Este é o melhor lugar no trilho para comer e retemperar as energias antes de continuar. Note que deve chegar aqui por volta do meio-dia.
Continuando o nosso trilho, temos agora dois picos para subir. Apesar de não parecerem longos, são bem duros. O primeiro é especialmente difícil, pois é feito quase pelo meio de um riacho e não tem escadas. Tecnicamente, é talvez a parte mais difícil do trilho.
A segunda subida não é tão complicada tecnicamente, mas é bem dura e leva-nos ao ponto mais alto desta caminhada a 870 metros de altitude – o Echizen-toge pass. A partir daqui é sempre a descer, mas não pense que são favas contadas ou rápido.
Os quase 5 km entre Echizen-toge e Koguchi são famosos entre os caminhantes do Kumano Kodo pois é considerada a subida mais longa e mais difícil deste conjunto de trilhos. E de facto é uma subida (e descida) complicada. É um sem-fim de escadas que vistos de baixo para cima parecem intermináveis.
Felizmente, vamos descer, o que é aerobicamente mais fácil, mas tecnicamente exige muito cuidado, pois as escadas de pedra tornam-se muito escorregadias com a humidade e a chuva habituais na região. Por isso, levamos cerca de 2 horas para fazer este trecho. Talvez seja possível ser mais rápido, mas nós fomos muito cuidadosos e lentos neste tipo de descidas.
No final da descida, entramos diretamente na aldeia de Koguchi. Lá tem uma pequena loja com snacks, bebidas e gelados, diversos alojamentos e a paragem de autocarro.
Se vai pernoitar em Koguchi é só ir para o seu alojamento (algumas sugestões em baixo).
Se vai voltar para outro lugar, terá de apanhar o autocarro. Note que existem muito poucos autocarros, pelo que é importante tentar que a hora de chegada bata com os horários. Quando fomos havia apenas dois autocarros: um as 16h e tal e outro passado cerca de uma hora. Veja os horários atualizados com atenção aqui.
Sinalização
Na descrição anterior não incluímos muita informação acerca das mudanças de percursos e sinalização pois todo este percurso está fantasticamente sinalizado. Existem 29 marcos separados por 500 metros, e sempre que há algum cruzamento, está indicado.
É praticamente impossível alguém se perder no percurso. Nós levámos um percurso GPS no telemóvel, mas não usamos uma única vez, nem tivemos qualquer dúvida ao longo do mesmo. As únicas dúvidas que surgem às vezes são: “esta subida nunca mais acaba?” ou “de certeza que só fizemos 1 km?”
Quando fazer o Kumano Kodo?
O Kumano Kodo pode ser feito durante todo o ano, no entanto, aconselhamos vivamente que o faça sem chuva, ou que vá muito bem preparado para a mesma. A chuva pode ser bastante forte e tornar todo o caminho bastante sofrido.
Além do mais, a humidade faz com que a muita pedra do percurso se torne escorregadia e as quedas bastante mais fáceis.
Assim, na nossa opinião a melhor altura do ano para fazer estes trilhos são a Primavera e o Outono. O Outono é bastante bonito devido à folhagem, e a primavera devido às flores.
Temos também de notar que o Verão é normalmente muito quente e húmido. É também a época das chuvas pelo que será a pior altura para ir a Kumano.
Os Invernos não são muito frios e têm pouca chuva. Pelo que lemos, por vezes neva nos pontos altos, mas não se mantém. Os invernos têm a desvantagem dos dias serem mais curtos e com anoitecer bem cedo.
Seja como for, prepare-se sempre para chuva, independentemente da previsão de tempo. Nós fizemos o trilho no Outono e apesar de não ter chovido no dia em que fizemos o Ogumotori-goe, choveu torrencialmente no dia do Kogumotorigo-goe e no dia anterior. Por isso, acabamos por não caminhar nesse dia.
Quem pode fazer o Kumano Kodo
Este é um trilho sem grandes dificuldades técnicas, a não ser a questão das subidas e descidas em escadas de pedra antiga e escorregadia. Tal como já referimos o trilho também está sinalizado de forma perfeita. Assim, não precisa de ser um “pro” em trilhos, nem em trilhos de montanha.
Por outro lado, é um percurso muito duro e com bastante acumulado e que deixa algumas dores de pernas para os dias seguintes. Assim, é necessário estar em boa forma física e de preferência estar habituado a caminhadas longas. Afinal de contas, estamos a falar de cerca de 8 horas de caminhada!
Pessoas com dificuldades de mobilidade não vão conseguir fazer o percurso. Crianças, apenas se estiverem habituadas a fazer este tipo de esforço.
O que levar para o Kumano Kodo?
O troço do Kumano Kodo que aqui falamos é apenas de um dia, mas faz parte de uma rede de percursos bastante mais longa. Se estiver a pensar fazer uma caminhada de vários dias, deverá ter especial cuidado no que levar.
Para fazer o Ogumotori-goe aconselhamos que leve:
- Mochila leve para levar tudo o resto;
- Acessórios para chuva (capa e guarda-chuva pelo menos);
- Chapéu, Óculos de sol e protetor solar – grande parte do percurso é à sombra, mas ainda assim temos algumas secções ao sol;
- Bastões de caminhante – se tiver é o ideal, caso contrário não se esqueça de levar os paus de bamboo que estão no início do trilho. São imensamente úteis as subidas e descidas prolongadas deste caminho;
- Telemóvel e/ou câmara;
- Garrafa de água – Leva água consigo. Aconselhamos cerca de 1.5 litros por pessoa! Existem máquinas de venda automática no ponto de descanso, mas nunca se sabe o que pode acontecer nesse dia;
- Mapa físico do percurso;
- Pequena lanterna, caso se atrase;
- Yenes – Leve dinheiro físico consigo. A maioria dos locais nestas pequenas aldeias não aceitam cartões pelo que o dinheiro ainda é rei aqui!
Segurança no trilho Ogumotori-goe
O Japão é um país extremamente seguro, e esta região não é exceção. De facto, seria um imenso azar acontecer alguma coisa em termos de segurança pessoal, assaltos ou esquemas durante qualquer trilho no Kumano Kodo. Além do mais, uma das coisas que mais gostamos neste percurso foi a total ausência de multidões e até o avistamento de outros caminhantes é uma raridade.
Como já referimos é igualmente difícil perder-se, pois está tudo extremamente bem sinalizado.
Uma das situações a ter atenção são as quedas e, sobretudo, entorses. O percurso implica a subida e descida de imensas escadas em pedra antiga, lisa e húmida, o que dá aso a escorregadelas, tropeções e quedas.
Assim, aconselhamos que levem bom calçado de caminhada, bastões e tenham sempre muita atenção e cuidado. E claro comece sempre bem cedo para não correr o risco de anoitecer antes de terminar.
Por último, existem alguns animais que pode ver durante o percurso, alguns dos quais venenosos, nomeadamente a cobra mamushi e a centopeia mukade.
Como chegar ao início do trilho?
Como já mencionamos, iniciamos o trilho em Nachisan, terminando em Koguchi, mas vamos explicar como chegar a ambos pois é tanto é possível fazer numa direção como na outra.
A melhor forma de chegar a Nachisan e Koguchi depende muito de onde decidir passar a noite, por isso vamos explicar resumidamente a partir dos locais mais prováveis, Kii-Kaatsura, Shingu e Hongu.
Como ir para Nachisan?
Ir para Nachisan a partir de Kii-Kaatsura é muito simples e é a base para visitar Nachisan. Basta apanhar o autocarro na estação principal da cidade, que fica junto à estação de comboios.
A partir de Shingu temos de apanhar o autocarro ou comboio para Kii-Kaatsura e depois o autocarro mencionado acima.
De Hongu, é um pouco mais difícil e temos de apanhar três autocarros: primeiro de Hongu até Shingu e depois de seguir as instruções acima.
A melhor forma de ir para Kii-Katsura e Shingu é sem qualquer dúvida o comboio desde Osaka. Este segue ao longo da costa, apresentando algumas vistas muito bonitas. Infelizmente demora mais de 4 horas pois a distância ainda é longa e tem imensas paragens. Além disso, é bastante caro.
Regressar de Nachisan faz-se exatamente da mesma forma.
Como ir para Koguchi?
Ir para Koguchi é um pouco mais complicado do que Nachisan, mas é possível, pois os transportes públicos no Japão são bastante eficientes, apesar de por vezes complexos.
Para ir a Koguchi temos sempre de ir a Kanmaru, mas notem que existem apenas 5 autocarros durante o dia, pelo que temos sempre que ter isto em conta quando estamos a planear a viagem.
De Hongu para Koguchi temos de apanhar o autocarro que faz o percurso Hongu-Shingu e sair em Kanmaru. Em Kanmaru apanhamos o autocarro para Koguchi.
A partir de Shingu, a situação é muito semelhante, por isso apanhamos o autocarro de faz o percurso inverso entre Shingu e Hongu, saímos em Kanmaru, e apanhamos o autocarro para Koguchi.
Por fim, de Kii-katsura para Koguchi, temos apanhar o autocarro ou comboio para Shingu, depois o autocarro para Hongu e sair em Kanmaru. Finalmente, e como sempre, apanhamos o autocarro para Koguchi.
Onde ficar quando fizer o trilho?
Uma vez que Ogumotori-goe faz parte de um conjunto de peregrinações bem maior, os melhores lugares para ficar vão depender imenso do objetivo final de cada um. Ou seja, se vai fazer apenas esta caminhada, se vai fazer vários dias e para onde.
Se vai apenas fazer o Ogumotori-goe, o ideal é ficar em Kii-Kaatsura, dado que o acesso de comboio é muito fácil a partir de Osaka. A cidade tem bastantes alojamentos e onsens para relaxar após o trilho. Esta foi a opção que tomamos e não nos arrependemos até porque adoramos o lugar que escolhemos.
Este pequeno alojamento oferece quartos típicos japoneses com futons em chão de tatami. Se nunca experimentou, esta é também uma oportunidade para ver como são os quartos tradicionais japoneses. Apesar do preço reduzido, o Ayado Hana tem também um onsen privado que pode ser usado gratuitamente, apenas tem de reservar o horário que preferir quando chegar. É um bastante simples, mas muito agradável depois de um dia de caminhada.
Por fim, uma grande vantagem deste alojamento é que fica a 1 minuto da estação de comboios e de autocarros, o que é extremamente conveniente para quem está a viajar de transportes públicos.
Nota: dado que é uma caminhada para o dia todo, aconselhamos vivamente que fique alojado dois dias. Apesar de teoricamente ser possível ir embora no dia da caminhada, vai estar muito cansado e não vai usufruir do onsen.
No entanto, se vai fazer uma caminhada de vários dias, o ideal será ficar na noite anterior em Kii-Kaatsura e na noite de caminhada em Koguchi. Apesar de não conhecermos pessoalmente o alojamento, falaram-nos muito bem do Minshuku Momofuku.
Se não conseguir marcar em Koguchi, mas melhores alternativas serão mesmo Kii-Katsura e os onsens perto de Hongu. Lá é muito conhecido e popular o hostel J-hoppers pois além de ser um bom hostel, dá também acesso a onsen particular.
Caminhar o trilho Ogumotori-goe é uma experiência única que combina desafios físicos com uma profunda imersão na cultura e história do Japão. Seja você um peregrino experiente ou um aventureiro em busca de novas paisagens, este trilho certamente deixará memórias inesquecíveis.
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