50 coisas que preciso de saber antes de visitar o Japão

Conhecido como o país do sol nascente, o Japão é um destino de sonho para muitas pessoas (nós incluídos)! É também um país que assusta um pouco, devido às barreiras culturais e linguísticas, mas também à dimensão das cidades e intensidade do dia-a-dia.

Culturalmente o Japão é um destino como nenhum outro – é diferente, excêntrico, único e exótico. E também por isso é tão atraente para tantas pessoas. Assim, é perfeitamente natural que se tenha tornado num dos destinos mais populares para se visitar e experimentar coisas novas.

Neste guia vamos ajudá-lo a planear uma inesquecível viagem ao Japão providenciando dicas de viagem que lhe permitem viajar livremente, sem stress, e tirando o máximo partido do que este país tem de bom… E acredite que é bastante!

Assim, e para tornar esta informação fácil de perceber criamos as 50 coisas que precisa de saber antes de visitar o Japão, olhando para os melhores destinos, a interação com as pessoas, as melhores formas de viajar, os custos, formas de poupar, e muito mais…

O que saber sobre o Japão e os Japoneses

Sobre o Japão

#1 Situado no Este da Ásia e banhado pelo oceano pacifico, o Japão é formado por mais de 14 000 ilhas, cinco das quais são consideradas as principais – Hokkaido, Honshu (a maior e mais povoada), Shikoku, Kyushu e Okinawa.

No total são mais de 377 975 km², ou seja, cerca de 4 vezes o tamanho de Portugal, o que é relativamente pouco, se tivermos em conta a sua elevada população e sobretudo na sua importância no mundo.

#2 Além de ser uma nação formada apenas por ilhas, o Japão é também muito montanhoso, com cerca de 3/4 da sua área a ser constituída por montanhas.

Situado no anel de fogo do Pacifico, o Japão é naturalmente também uma região com bastante atividade vulcânica, incluindo terramotos, tsunamis e erupções vulcânicas. Por isso, alguns dos maiores e mais conhecidos desastres naturais ocorreram no Japão como o terramoto e Tsunami de 2011, ou o Terramoto de Tóquio de 1923.

O ponto mais alto do Japão é o Monte Fuji na ilha Honshu com 3776 metros de altitude. O monte Fuji é um vulcão ativo, apesar de não entrar em erupção há muitos anos.

Além da sua elevada altitude é conhecido por ser uma das montanhas mais simétricas do mundo, criando um efeito cónico lindíssimo e por isso muito fotogénico. É naturalmente uma das maiores atrações do país.

#3 Sendo um arquipélago formado por tantas ilhas, o Japão estende-se ao longo de cerca de 3000 km de Nordeste para sudoeste.

Naturalmente estas distâncias implicam algumas (bastantes) diferenças climáticas, geográficas e culturais. Hokkaido é muito diferente de Okinawa.

Também por isso, o Japão tem uma das mais longas costas do mundo (6º) e é um país muito virado para o mar. Isto é extremamente visível na alimentação e na típica comida japonesa que é muito dependente de peixe e frutos do mar.

Os Japoneses

#4 Apesar da área disponível ser relativamente reduzida o Japão tem uma população muito elevada. Com mais de 120 milhões de habitantes, é o 11º país mais populoso do mundo, e tem uma densidade populacional muito elevada.

A geografia e a elevada densidade populacional significa que a grande maioria das pessoas concentra-se em cidades, algumas das quais são enormes metrópoles, com Tóquio à cabeça.

Tóquio é mesmo considerada a maior metrópole do mundo, com a sua região urbana a incluir outras grandes cidades como Yokohama (segunda cidade do país). No total são quase 50 milhões de pessoas – o equivalente a toda a população da Coreia do Sul ou 5 vezes Portugal.

A metrópole de Osaka-Kobe-Quioto é também enorme, e com quase 20 milhões de habitantes é a segunda do país. Dado que concentra alguns dos melhores destinos do Japão (mais sobre isso em baixo) é também um lugar a não faltar em qualquer itinerário ao Japão.

#5 Uma outra característica da população japonesa é a idade. O Japão é uma das sociedades mais envelhecidas do mundo, e um país cuja população tem vindo a reduzir-se.

Isto acontece por duas razões. Em primeiro lugar, os japoneses são dos povos que mais tempo vivem, e com maior número de pessoas a ultrapassar os 100 anos. Depois, os jovens têm muito poucos filhos, o que não permite a renovação geracional.

Estes dois fatores criam um problema social e económico grave ao Japão – sobretudo para o futuro. Os mais pessimistas dizem mesmo que o Japão está a morrer.

#6 Os Japoneses têm uma relação muito curiosa com a religião. É difícil de dizer se é um país religioso ou não, e até a percentagem da população que adere a cada religião. Porquê?

Em primeiro lugar existem duas religiões principais, o Xintoísmo e o Budismo. No entanto, estas religiões misturam-se e é habitual um japonês aderir a ambas dependendo da situação, com algumas práticas religiosas a tornarem-se de ambas as religiões.

O Xintoísmo é a religião tradicional e mais antiga do Japão, mas não é uma religião tradicional e organizada da forma que estamos habituados. É mais um conjunto de crenças ligadas à natureza, às pessoas, e a locais em específico. Os santuários Xintoístas são facilmente identificáveis pelos tradicionais portões Torii à entrada.

Algumas estatísticas dizem que 70 a 80% dos japoneses praticam Xintoísmo, mas isto não significa que sejam só Xintoístas e muito menos que acreditem em todas as práticas Xintoístas. Simplesmente são pessoas que vão aos santuários e praticam algumas crenças ou rezas – seja por razões culturais, tradição, ou por realmente acreditarem.

#7 A língua oficial do Japão é naturalmente o japonês, sendo o único país do mundo que a fala e uma língua completamente diferente de todas as outras.

Os Japoneses como praticamente todos os povos do este asiático têm imensa dificuldade para falar as línguas ocidentais, incluindo inglês. Ainda assim, a menos que fale japonês, é a melhor hipótese para comunicar com os locais.

#8 Infelizmente, e apesar de o elevado turismo e de todos os esforços de aprendizagem de línguas estrangeiras, é ainda imensamente difícil comunicar com os Japoneses, até para pedir informações relativamente simples.

Além de grande parte das pessoas falar muito pouco (ou nada mesmo) inglês, existe também uma enorme diferença cultural e forma de pensar. Por vezes as perguntas mais simples e que praticamente não deveriam precisar de linguagem tornam-se um problema.

Uma solução para contornar este problema ou pelo menos para a reduzir é a utilização de uma app de tradução como o papago ou um tradutor automático como o FluenTalk. Estes permitem a tradução de conversas, texto e até de imagem. Apesar de extremamente úteis não resolvem totalmente o problema.

Assim, ter qualquer tipo de conversa mais significativa ou formar amizades é praticamente impossível numa situação de viagem normal. A não ser que se conheça alguns japoneses, ou se tenha uma situação muito específica em que se apanhe alguém que domine inglês, as interações serão sempre simples, diretas e curtas. Pelo menos esta foi sempre a nossa experiência.

Como são os Japoneses?

#9 Um livro não seria suficiente para explicar como são os japoneses, a sua cultura, e sobretudo as diferenças sociais e de mentalidade face aos ocidentais. Dado que esse também não é o objetivo deste artigo, vamo-nos nos focar em como é a interação com os japoneses, se são simpáticos, acessíveis, etc.

#10 Todas estas peculiaridades da cultura japonesa e diferenças face à nossa cultura criam toda uma variedade de situações incómodas e faux pax – uns graves seriamente a evitar, outros nem por isso e acabam por ser engraçados. Algumas coisas a ter em atenção incluem:

• Toda a etiqueta de comer no Japão, especialmente sushi;
• Ruído (especialmente em transportes públicos);
• Filas – japoneses adoram filas, e é importante respeitar as filas e precaver-se delas, tendo em consideração que provavelmente vai ter de esperar em filas em muitas situações;
• Vestir de forma conservadora, nomeadamente no que diz respeito a mostrar decote e ombros.
• Evitar usar calçado no interior. Normalmente são dados chinelos para se usar no interior.

É preciso notar que apesar dos Japoneses serem extremamente tolerantes com os estrangeiros e sobretudo evitarem ao máximo o conflito devemos sempre tentar ser respeitadores da sua cultura e hábitos. Mesmo que por vezes seja difícil de entender a quem está por fora.

#11 O Japão é ainda hoje um país muito tradicionalista e conservador. É um país com uma cultura muito antiga e muito distinta da ocidental.

Este tradicionalismo reflete-se em imensas coisas do dia-a-dia. Desde a forma de vestir, à vontade de agradar e até ao conformismo. Existe uma enorme pressão social para não ser diferente e para pertencer ao coletivo.

Ao mesmo tempo e paralelamente existem as coisas mais modernas, curiosas, únicas e por vezes estranhas mesmo. Como pessoas vestidas de personagens de manga/videojogos, comboios temáticos (da hello kitty por exemplo), ou os maid Cafés.

O Japão é igualmente conhecido pela rápida adoção de novas tecnologias e pela inovação, nomeadamente em videojogos, robots, automóveis, entre muitas outras coisas.

Estas características quase opostas, mas que convivem de uma forma mais ou menos harmoniosa contribuem imenso para a aura única e singular do Japão, e são mais uma razão para o país ser tão atraente para ocidentais.

Clima no Japão

#12 Tal como referimos inicialmente o Japão é um país grande e que se espalha por uma enorme área de norte a sul. Assim é natural que tenha uma diversidade de climas. O norte é bastante frio, o centro é temperado e as pequenas ilhas do sul têm climas quase tropicais.

A chuva é abundante em quase todo o lado, mas em especial no verão e outono quando o país é assolado por tufões e chuvas torrenciais. Em geral a humidade é sempre elevada no Japão.

Podemos separar o Japão em quatro zona climáticas:

• No norte (Hokkaido) o Japão apresenta verões amenos e invernos muito frios, com neve intensa no lado do Mar do Japão e em áreas montanhosas.
• A zona leste tem verões quentes e húmidos, e invernos frios, com neve abundante no lado do Mar do Japão e em áreas montanhosas.
• O oeste do Japão apresenta verões muito quentes e húmidos (com temperaturas por vezes a ultrapassar os 35ºC) e invernos moderadamente frios.
• Okinawa e Amami têm um clima oceânico subtropical. Nessas áreas, os verões são quentes e húmidos (com temperaturas raramente ultrapassando os 35ºC) e os invernos são amenos.

Quando viajar ao Japão?

#13 Na nossa opinião a melhor altura do ano para visitar o Japão é o outono, no fim da estação das chuvas e tufões. Nesta altura as temperaturas são ideais, há pouca chuva e existe relativamente poucos turistas. Esta é também a altura da folhagem de outono, uma das época mais bonitas do Japão.

Alternativamente a Primavera também apresenta bom tempo com temperaturas amenas e pouco chuva. É também nesta altura (normalmente em Abril) que temos as famosas cerejeiras em flor, tornado esta altura a mais bonita época do ano no Japão. Por outro lado, tanto a semana dourada como as cerejeiras tornam esta época do ano muito popular e os preços sobem bastante.

Se está a planear viajar ao Japão é importante notar que a época alta do turismo interno no Japão é famosa por ser extremamente complicado viajar, devido aos elevados preços e às grandes multidões que se formam em todas as atrações, tornando-as uma experiência desagradável para os estrangeiros. Assim, sugerimos que evite:

• Semana dourada – período de férias consecutivo que geralmente ocorre no final de abril a início de maio, durante o qual vários feriados nacionais estão agrupados.
• Período entre entre Março e Abril – quando as cerejeiras estão em flor, atrai muitos turistas tanto locais quanto estrangeiros.
• Ano Novo – época muito movimentada, especialmente problemática para os transportes pois muitas pessoas viajam para visitar familiares, participar de eventos tradicionais e realizar atividades de Ano Novo.
• Temporada de Férias de Verão: Época alta de férias para os japoneses, especialmente para viagens em família e com crianças pois estão em férias. É também época alta para os estrangeiros pois Europeus e Americanos, gostam de viajar no Verão.

É seguro viajar ao Japão?

#14 Sim! Em termos de segurança, o Japão é exatamente aquilo que se espera, um dos lugares mais seguros lugares do mundo para se viajar. Nunca nos sentimos inseguros e viajamos para todo o lado a todas as horas do dia. Vê-se crianças sozinhas na rua, no metro, e em todo o lado.

Diríamos que é preciso ter muito azar para ter algum problema de segurança no Japão, quanto mais de algo relacionado com violência. Ainda assim, aconselhamos a ter algum cuidado com os seus pertences em zonas muito movimentadas.

Provavelmente o maior risco que corre no Japão terá a ver com eventos naturais relacionados com terramotos e tufões. Tenha em atenção que na época dos tufões a chuva pode ser fortíssima e levar a enormes inundações.

Se viajar nesta altura, esteja atento às notícias e previsão de tempo, mas também dificilmente ficará em perigo. Pode é ter de optar por atividades no interior ou ficar limitado pelo encerramento de algumas infraestruturas, incluindo os transportes públicos.

Turismo no Japão

#15 Historicamente o Japão tem uma economia forte e baseada em exportações de bens materiais e por isso o turismo não era fundamental para o país e para a economia. No entanto durante a década de 2010, o número de turistas aumentou exponencialmente 6.22 Milhões em 2011 para mais de 30M em 2019.

O país fechou completamente durante a Covid pelo que os números caíram em 2020-2022, mas em 2023 já se aproximou novamente de valores record e há uma preocupação cada vez mais com o excesso de turismo em alguns locais. No entanto, se sair um pouco das rotas mais habituais e viajar fora da época alta, não terá qualquer problema.

Como seria de esperar a maioria dos turistas ao Japão vêm dos seus vizinhos asiáticos, com a China, Coreia do Sul e Taiwan a liderar. Entre os ocidentais, a maioria dos turistas vêm dos EUA, sendo que nenhum país europeu se destaca por si mesmo.

Curiosamente, na nossa experiência vimos bastante mais europeus (imensos espanhóis e franceses) do que americanos, mas isso terá a ver com os destinos que vamos e a forma como viajamos.

#16 Devido à sua longa e conturbada história, o Japão é um destino cultural por excelência e naturalmente tem diversos locais e atividades património da UNESCO.

No total são 25 locais património da UNESCO, 20 culturais e 5 naturais. Pode verificar a lista completa aqui, mas os mais conhecidos e populares são:

• Monte Fuji
• Os Palácios e templos de Quioto
• Castelo de Himeji
• Shirakawa-go
• Memorial de Hiroshima
• Templos de Nikko.

Onde ir no Japão?

#17 Quando se pensa em ir ao Japão, a maioria das pessoas pensa imediatamente nas enormes e animadas zonas urbanas, na cultura pop, nos templos e santuários… e com razão. Tudo isso é fundamental para quem visita o Japão!

Mas para nós, o que mais gostamos no Japão, foi a natureza. Sejam as zonas mais famosas como o monte Fuji, ou outras menos popular como os trilhos do Kumano Kodo. Se está a planear visitar o Japão, não se esqueça de tirar uns dias para ir aos parques naturais, aos onsens, e sobretudo explorar os trilhos, cascatas, montanhas e vulcões do Japão!

Apesar de termos estado quase 4 semanas no Japão, sentimos que apenas ficamos a conhecer um bocadinho! Ficaram a faltar alguns lugares que queremos muito conhecer e já estamos a pensar na próxima viagem! Ainda assim, vamos explorar em baixo alguns dos nossos lugares favoritos no Japão, e sobre tudo os destinos a não perder numa primeira visita!

#18 Tóquio é a capital e maior cidade do Japão. É também provavelmente o seu ponto de entrada no país e um dos principais destinos. Famosa pela sua dimensão e densidade populacional, Tóquio é um mundo.

A cidade é tão grande que se torna impossível capturá-la na sua totalidade e de a perceber. Na nossa opinião a melhor forma de visitar Tóquio é fazê-lo por bairros e tratá-los como cidades em si mesmo. Cada um com as suas características, atrações e coisas para fazer e visitar. Como se fossem um mundo em si mesmo.

Assim, sugerimos que tire pelo menos um dia para cada um dos bairros principais e o visite “com calma”. Alguns bairros são mais interessantes à noite pelo que se estiver com pouco tempo pode tentar visitá-los apenas nesse período.

Na nossa experiência os bairros a não perder em Tóquio são:

• Shibuya: uma área de compras, entretenimento e moda. Famosa pelo pelo cruzamento de Shibuya, um dos mais movimentados do mundo.
• Shinjuku: Conhecido pelo movimentado distrito comercial e de entretenimento, inclui o distrito de Kabukicho, famoso por suas luzes de neon e vida noturna.
• Harajuku: Centro da cultura jovem e da moda de rua. A rua Takeshita é especialmente conhecida pelas lojas extravagantes e tendências de moda únicas.
• Akihabara: Imperdível para os fans da cultura pop japonesa, é conhecido como o paraíso das lojas de eletrónica, anime, manga e jogos.
• Asakusa: é um bairro histórico que atrai visitantes devido à sua arquitetura tradicional, ruas comerciais e festivais. O mais antigo templo de Tóquio fica aqui.
• Roppongi: Conhecido por sua vida noturna, Roppongi é uma área de entretenimento internacional com muitos restaurantes, bares e clubes.
• Ginza: Uma área de compras de luxo e entretenimento. É um destino popular para compras de alta qualidade e jantares requintados.

#19 Quioto é a capital histórica do Japão e o lugar a não perder para quem quer conhecer a história e cultura antiga do Japão como as gueixas, as cerimónias e casas de chá, os templos, os jantares Kaiseki e os jardins Zen.

A cidade foi poupada pelos bombardeamentos da segunda guerra mundial e por isso é também onde se podem encontrar mais edifícios históricos, nomeadamente os templos e os bairros antigos e tradicionais.

Quioto tem mesmo muita coisa para ver e por isso sugerimos que visite durante 3 ou 4 dias. Alguns dos destinos a não perder incluem:

• Fushimi Inari Taisha: Conhecido por seus milhares de torii vermelhos que formam um caminho impressionante até o topo da montanha.
• Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado): Um templo coberto em folhas de ouro, refletido nas águas do lago espelhado.
• Kiyomizu-dera: Um templo de madeira com uma plataforma de observação que oferece vistas espetaculares de Quioto.
• Gion: Distrito famoso por suas ruas históricas, casas de chá e a possibilidade de encontrar gueixas.
• Castelo Nijo: Castelo de Quioto, que é um Patrimônio Mundial da UNESCO, conhecido por seus belos jardins.
• Arashiyama Bamboo Grove: Uma floresta de bambu que cria um ambiente muito popular no Instragram.
• Ginkaku-ji (Pavilhão de Prata): Conhecido por seus belos jardins e o famoso Caminho do filósofo.

#20 Apesar da proximidade e de fazerem parte da mesma zona metropolitana, Osaka é uma cidade moderna e completamente diferente de Quioto. Se tiver pouco tempo, a proximidade também nos permite facilmente visitar Osaka num dia, a partir de Quioto, pois é menos de 1 hora de comboio.

Apesar de ter muito menos atrações do que Quioto, Osaka é também uma cidade fascinante, seja pela espetacular vida noturna e neons em Dotombori, pelo bairro de Shinsekai, ou simplesmente por ser considerada a capital da comida de rua do Japão!

Apesar de muito famoso, o castelo de Osaka, vale mais pelas vistas por fora do que o interior. A parte exterior do castelo é muito bonita, mas o interior não tem grande interesse. É apenas um edifício novo com algumas exposições, pois não foi reconstruído como era antigamente.

Se tiver tempo sugerimos que fique uns dias em Osaka e aproveite também para visitar algumas cidades e atrações nas redondezas nomeadamente:

• Nara – cidade famosa pelo seu parque onde há veados selvagens. É possível comprar comida e dar-lhes. Sem dúvida, umas das melhores atrações do Japão.
• Kobe – cidade portuária, famosa por ser a origem da melhor carne do mundo… ou pelo menos a mais cara!
• Castelo de Himeji – Fabuloso castelo no Japão que vale mesmo a pena visitar. Um dos únicos castelos originais que sobreviveram à Segunda Grande Guerra.

#21 O Monte Fuji é sem dúvida o monumento natural mais famoso do Japão. Este vulcão é o ponto mais alto do país e um símbolo do país conhecido em todo o mundo devido ao seu formato cónico quase perfeito.

O melhor lugar e mais fácil lugar para ver o Monte Fuji é em Fujikawaguchiko. Toda a zona é muito bonita com diversos lagos e imensos miradouros para a famosa montanha. Na nossa opinião, os mais espetaculares são o Mt. Fuji Panoramic Ropeway e o santuário Arakura Fuji Sengen.

Além destes miradouros, aconselhamos também a dar uma volta ao lago Kawaguchi de bicicleta. Vale a pena tanto pelas vistas para o Fuji como pelo lago em si. Cerca de 3 horas são suficientes, sem ter de acelerar muito.

Nota: Se quiser e estiver fisicamente bem preparado é possível subir ao monte Fuji, mas apenas durante o Verão entre inicio de Julho e inicio de Setembro.

#22 Hakone é outro destino muito conhecido para ver o Monte Fuji mas dado que ficar bem mais longe não é tão bom. Por outro lado, Hakone tem muito mais para oferecer do que apenas as vistas para o Fuji.

Hakone é talvez a escapadinha de Tóquio mais conhecida e popular entre turistas e locais pois permite fazer um conjunto de atividades imensa num só dia:

• Ver o lago Ashi com Monte Fuji ao fundo
• Ir ao Templo de Hakone
• Andar no famoso barco de piratas
• Andar de Teleférico e de ascensor
• Ver as fumarolas e paisagem vulcânica de Owakudan

Se decidir passar a noite em Hakone, esta região é também famosa pelas suas águas termais, pelos Onsen e Ryokan, os famosos alojamentos tradicionais Japoneses. Para passar a noite num Ryokan e ir a um onsen são atividades a não perder no Japão e foi sem dúvida um dos pontos altos da nossa viagem ao Japão.

#23 Nós tentamos fazer caminhadas em todos os países que visitamos e quando ouvimos falar do Kumano Kodo, sabíamos que tínhamos de tentar fazer pelo menos uma parte.

As rotas do Kumano Kodo são reconhecidas como umas das principais rotas de peregrinação do mundo. Consideradas património mundial da UNESCO, estas abrangem caminhos percorridos por peregrinos há mais de mil ano.

Os viajantes vêm às províncias de Wakayama, Nara, Osaka e Mie em busca de momentos de contemplação, conexão com a natureza e mergulhar nas raízes espirituais japoneses. Nós adoramos a nossa experiência, e consideramos um dos pontos altos da nossa viagem.

Veja o nosso artigo dedicado sobre tudo o que precisa de saber para fazer o Kumano Kodo.

#24 Kanazawa é um destino um pouco menos conhecido, mas que vale bem a pena. É considerada a segunda maior cidade do Japão que foi poupada aos bombardeamentos e por isso ainda tem algumas partes históricas bem preservadas, nomeadamente os distritos de Nagamachi e Chaya.

Apesar disto, a maior atração de Kanazawa é sem dúvida o Jardim Kenrokuen, considerado um dos três melhores exemplos de Jardins tradicionais Japoneses e por muitos também o mais belo. É um lugar fabuloso, e quem gosta de jardins tradicionais é um sítio a não perder.

Kanazawa também é conhecida como a cidade dos samurais devido à importância que estes tiveram na sua história e existe uma casa histórica que é chamada da casa dos samurais. Mas apesar de ser bastante bonita, é uma casa tradicional normal, não havendo nada relativo aos samurais nela.

#25 Entre os destinos que visitamos estes foram os nossos favoritos, mas existem outros mil e um destinos interessantes no Japão, com uma diversidade cultural e de paisagem enorme. Hokkaido, Okinawa e Hiroshima são alguns dos mais populares, e os que estão na nossa lista para uma próxima viagem ao Japão.

Hokkaido é a ilha mais setentrional do Japão oferecendo um beleza natural incomparável com montanhas majestosas e campos de flores. É também famosa por ter uma ótima culinária local, águas termais e cultura ligeiramente diferente do resto do Japão.

Okinawa fica no extremo sul e é a oportunidade para ver um lado completamente diferente do Japão, com águas cristalinas, oportunidades de mergulho e snorkeling nos recifes de coral. É um destino de sol e mar num país famoso por tudo o resto!

Hiroshima é um destino urbano, mas devido à sua história é completamente diferente do resto das cidades aqui mencionadas. É um testemunho impressionante da reconstrução e do compromisso com a paz e a visita Parque Memorial da Paz de Hiroshima e o icónico Domo da Bomba Atómica é uma experiência única e comovente

Comida no Japão

#26 A comida no Japão é fabulosa. Na nossa opinião, é talvez um dos melhores países do mundo para comer. O equilíbrio e profundidade de sabores, a variedade de pratos e a facilidade em encontrar boa comida é espetacular.

O arroz é talvez o principal ingrediente e a base de quase toda a comida tradicional japonesa, mas a comida destaca-se sobretudo pelos sabores naturais e ingredientes frescos. O peixe e o marisco são fundamentais para a dieta japonesa, mas existem também carnes deliciosas.

A apresentação artística dos pratos e a técnica de preparação é também muito valorizada. Por isso além de termos pratos deliciosos, são também muitas vezes lindíssimos.

#27 O Kaiseki é o esplendor máximo da cozinha japonesa. É um tradicional jantar japonês de vários pratos onde a apresentação e a sazonalidade dos ingredientes é fundamental. São normalmente bastante caras, mas é um experiência culinária única.

Cada um dos muitos pratos de uma refeição Kaiseki exibe uma harmonia delicada entre sabores, texturas e cores. Cada detalhe é cuidadosamente ponderado, desde a escolha dos utensílios de mesa até a apresentação final de cada iguaria. Todos os pormenores são importantes e somam para a experiência global.

Diz-se que Quioto é o melhor lugar para experimentar este tipo de refeição, mas há restaurantes Kaiseki em todas as grandes cidades e muitos Ryokan também a incluem na experiência global. Nós fizemos o nosso jantar Kaiseki no Ryokan e foi uma das melhores refeições que já tivemos, senão mesmo a melhor!

#28 O mais famoso dos pratos japoneses é sem dúvida o Sushi, uma vez que nos últimos anos se tornou popular internacionalmente e é consumido em muitos países ao redor do mundo.

Apreciado pela variedade de sabores, texturas e apresentações artísticas, Sushi consiste em arroz temperado com vinagre, açúcar e sal, combinado com diversos ingredientes, como peixe cru, frutos do mar, vegetais e algas.

Apesar do peixe cru ser a sua forma mais famosa, não é de todo obrigatório que sushi tenha peixe cru, ou até que tenha peixe. Existem versões vegetarianas e cozidas disponíveis em quase todos os lugares, mas também versões com carne.

Comer sushi é uma das experiências culinárias a não perder no Japão. A qualidade dos ingredientes, as texturas e sabores são incríveis. O sushi que comemos em Kii Katsura (atum especialmente) e em Kanazawa foi incrível.

No Japão irá também encontrar imensos restaurantes de sushi belt, em que os pratos são pedidos num monitor e servidos numa mini esteira. É divertido, conveniente e normalmente barato.

#29 O ramen é outro prato, ou conjunto de pratos, japonês que é extremamente popular em todo o mundo. Apesar de termos adorado sushi no japão, foi o ramen que nos deslumbrou com uma profundidade de sabores incrível.

Ramen é um caldo à base de carne ou vegetais servidos com massa (de diferentes tipos) e muitas vezes acompanhada por ingredientes como carne, ovos cozidos, algas nori e cebolinho. A variedade de ingredientes varia dependendo da região e do estilo específico de ramen, ou simplesmente do restaurante.

Este é um prato versátil e popular, com muitas variações regionais e estilos específicos e é comum encontrar restaurantes especializados em ramen, onde os chefs se dedicam a aperfeiçoar o caldo, a massa e os acompanhamentos para criar uma experiência única de sabor.

#30 Mas a culinária japonesa vai muito além do sushi e do Ramen, tem uma variedade incrível e que aconselhamos vivamente explorar. Alguns dos nossos pratos favoritos no Japão foram:

• Udon – tipo de massa mais grossa feita a partir de trigo ou trigo sarraceno. Muitas vezes servido com um caldo, mas também pode ser stir fried ou num hot pot.
• Tempura – Frutos do mar ou vegetais mergulhados em massa fina e fritos até ficarem crocantes. Diz-se ter origem portuguesa.
• Yakitori – espetadinhas de frango temperadas com sal ou diversos molhos.
• Tamagoyaki – as conhecidas omeletes japonesas.
• Tonkatsu – Costeleta de porco empanada e frita, geralmente servida com molho de tonkatsu ou caril e arroz.
• Sukiyaki – uma espécie de hot-pot feita com diversos vegetais, noodles e carne.
• Okonomiyaki – panqueca salgada japonesa feita cm repolho, carne, mariscos e outros ingredientes, cobertos com molho okonomiyaki, maionese e flocos de bonito seco.
• Curry rice ou kare raisu – a versão japonesa de caril foi introduzida pelos ingleses e é bastante diferente da original indiana. Tem uma textura mais grossa e um sabor mais adocicado. Muitas vezes servido com o Tonkatsu
• Onigiri – porções de arroz japonês com um recheio no meio (diversos sabores e molhos), que foram moldadas em formas triangulares ou cilíndricas antes de serem envolvidas em alga nori.
• Takoyaki – Popular comida de rua com origem em Osaka. É também conhecida como bolas de polvo.
• Yakisoba – Prato de massa em que se salteia uma combinação de massa, repolho fatiado, porco, cenoura e outros legumes, e um molho semelhante ao barbecue.

#31 No Japão é também possível encontrar uma enorme variedade de doces. Uma das características mais curiosas dos doces japoneses é que utilizam sobretudo dois ingredientes que na Europa estamos muito mais habituados a usar para pratos salgados: o arroz e o feijão.

Assim, além de deliciosos são também uma curiosa experiência e até uma lição de como diferentes ingredientes são usados das formas mais variadas noutras partes do mundo. Alguns dos doces a não perder no Japão são:

• Mochi: Bolinhos de arroz glutinoso recheados com pasta de feijão azuki, frutas ou geleia.
• Manju: Bolinhos recheados com pasta de feijão, frutas ou creme, muitas vezes cozidos no vapor
• Bolachas de Sésamo
• Cheesecake Japonês – A versão japonesa do cheesecake é leve, tem sabor suave e desfaz-se na boca.
• Castella – Doce de origem portuguesa, é a versão japonesa do nosso pão de ló.
• Dorayaki – panquecas recheadas com feijão
• Dango – Bolinhos de arroz no espeto, geralmente cobertos com molho de soja doce, pasta de feijão ou sementes de soja torradas
• Gelado de matcha, ou qualquer outro doce com Matcha (pó de chá verde).
• Taiyaki: Um bolinho em forma de peixe recheado com pasta de feijão, chocolate, creme ou outros doces

Mas existem mil e um outros doces para experimentar no Japão. Alguns são regionais, outros são locais e há ainda muitos outros que são partilhados com outros países asiáticos.

Assim, se vir algum que pareça ter bom aspeto experimente. Os japoneses dão imensa importância ao aspeto dos doces, mas o sabor normalmente acompanha a beleza dos mesmos.

Temos ainda de referir que os japoneses adoram pastelaria europeia, e sobretudo francesa. Por isso vai também encontrar imensos doces ocidentais, ou variações desses mesmo doces. Na nossa experiência são muito bons! Chegamos a comentar que se come melhor pastelaria francesa no Japão do que em França!

#32 Umas das melhores formas de poupar em comida e ainda assim experimentar alguns pratos locais é comer nos mercados e na rua. O Japão, como quase todos os países asiáticos, tem comida de rua absolutamente deliciosa.

No entanto, uma das características dos mercados e da comida de rua no Japão é que não se deve andar na rua a comer. Deve-se comer junto ao vendedor. Na nossa opinião estraga um pouco o conceito de comida de rua, mas é o que é… Seja como for, a comida de rua normalmente é muito boa e segura devido aos elevados níveis de higiene no Japão.

Além dos mercados e da rua temos ainda de referir as lojas de conveniência. As lojas de conveniência do Japão são espetaculares e vendem tudo o que precisa para tomar pequeno-almoço, snacks, almoçar ou jantar.

Uma vez que existem lojas de conveniência em todo o lado, é também muito útil, são também uma excelente forma para comer rapidamente e a custo muito baixo. Como seria de esperar, a maioria da comida é pouco saudável, mas encontra também saladas e iogurtes por exemplo.

As lojas de conveniência mais populares são as 7-11, as Lawson e a Family Mart. Aquilo que oferecem é bastante semelhante, mas as nossas favoritas são a 7-11.

Moeda e Custos de viajar ao Japão

#33 Uma das coisas que precisa de saber antes de viajar Japão é que a moeda oficial é o Iene. Em 2023, o câmbio Iene-Euro andou à volta de 140-160, o que ainda é uma variação considerável. Ou seja, 1 Euro vale 140-160 Ienes.

A nossa sugestão passa por não trazer ienes consigo. A rede de ATMs no Japão é boa e pode levantar dinheiro em qualquer altura. Na nossa experiência os custos de levantamento são aceitáveis, e praticamente sempre menores do que cambiar antes de chegar ao Japão.

A maioria dos lojas e restaurantes não aceita pagamentos com cartões (crédito ou débito), pelo que é muito importante ter sempre dinheiro connosco. Seja como for, aproveite para fazer o máximo de pagamentos possíveis com cartão pois é mais seguro e reduz o número de levantamentos a fazer.

IC cards – Suica, Pasmo, Icoca

#34 Os IC cards, ou seja, as carteiras eletrónicas, ou cartões de transporte inteligentes são uma das primeiras coisas que aconselhamos a comprar quando chegar ao Japão. De facto, pode até encomendar um e levar no aeroporto quando chegar, para ser mais fácil.

Existem imensas marcas diferentes destes cartões e pelo que apuramos a única diferença fundamental é quem o emite. Ou seja, se chegar por Tóquio vai encontrar à venda o Suica e o Pasmo, se chegar por Osaka vai encontrar o Icoca.

É um bocado confuso no início, mas na prática, custam o mesmo, dão as mesmas vantagens e facilidades e funcionam nos mesmo lugares.

A grande utilidade destes cartões é a facilidade para fazer pagamentos nos transportes públicos. Valida-se o cartão à entrada e saída e está feito. Não há necessidade de comprar bilhetes, filas ou quer que seja. Eles funcionam também para fazer pagamentos em vending machines, lojas de conveniência, alguns taxis, e muitos outros lugares.

O carregamento do cartão tem que ser sempre feito em dinheiro, nas máquinas no metro ou nas lojas de conveniência.

Custos de Viajar ao Japão

#35 A primeira coisa que a maioria das pessoas pensa quando equaciona viajar ao Japão é que vai ficar muito caro. Na realidade, atualmente o Japão está longe de ser um destino caro! De facto, achamos o Japão mais barato do que grande parte da europa ocidental, Estados Unidos ou Canadá.

Há alguns anos atrás, o Japão era caro e era preciso algum cuidado para não dar cabo do orçamento! Atualmente achamos até mais barato do que em Portugal em praticamente todos os itens. A única coisa que é realmente cara no Japão são os transportes, tudo o resto ou são preços semelhantes aos de Portugal ou mais barato!

Assim, uma das principais coisas que precisa de saber antes de viajar ao Japão é que o Japão já não um destino caro! E, considerando que o Japão é um país desenvolvido, moderno, rico, e extremamente seguro, viajar no Japão é surpreendentemente barato! Ainda mais surpreendente, tendo em conta a reputação.

#36 Excluindo os voos, pois dependem imenso de onde partimos, gastamos em média 100 Euros por dia, viajando como casal, o que dá uma média de 50 Euros por pessoa. Este custo médio por pessoa torna o Japão num destino com uma relação custo/qualidade incrível.

Comparando com viagens recentes, é apenas ligeiramente maior do que o que gastamos México, semelhante ao que gastamos na Coreia do Sul, mas mais caro do que Taiwan e Vietname que são destinos realmente muito baratos!

É importante notar somos mochileiros e tentamos sempre manter os nossos custos de viagem bastante controlados e que os custos de viagem dependem também da época do ano e muito do tipo de viajante que é. Se ficar em hotéis, fizer muitos tours, compras e for aos parques de diversão, estes valores vão aumentar exponencialmente.

#37 Um dos custos mais surpreendente desta nossa viagem foi a alimentação. A comida no Japão é bastante barata, sendo possível e até fácil duas pessoas comer por 15-20 Euros. Um pouco mais se for comida não japonesa, ou mariscos e carne. Nas lojas de conveniência, mercados e Izakayas é bastante menos!

Nós gostamos de experimentar todas as especialidades locais e por isso comemos praticamente comida local em restaurantes locais. Por outro lado, gostamos bastante de comida de rua e de mercado, o que reduz ainda mais os custos.

Um dos maiores segredos para manter os custos de alimentação baixos é comer nas Izakayas, os pequenos restaurantes tradicionais que servem comida rápida e barata. Além da experiência cultural, a comida é normalmente deliciosa!

#38 Nos alojamentos existem opções para todos os gostos e custos, começando em cerca de 20-30 Euros por noite em quartos duplos em hostels baratos. O que na nossa opinião são custos muito baixos. Mesmo em Portugal é muito difícil encontrar quartos a este preço, seja de que qualidade forem.

Em Tóquio este custo será sempre um pouco mais caro, começando nos 30-40 Euros para lugares normalmente bem longe do centro. Estes valores dependem também muito da época do ano, como em todo o lado!

As atrações turísticas são outra fonte de custos que por vezes pesa imenso no orçamento de viagem, mas no Japão não são muito más. Existem atrações imensamente caras como a Disney World (que nós não visitamos), mas grande parte das coisas que sugerimos aqui ou são grátis ou extremamente baratas, e claro as atrações naturais também raramente são pagas.

#39 Como dissemos inicialmente, os transportes são o item mais caro do Japão. Nós apenas viajamos de transportes públicos e podemos dizer que todos eles são caros. Sejam os urbanos, os autocarros ou os comboios. Os shinkansen então são caríssimos e na nossa opinião, atualmente valem mais pela experiência do que pela relação de preços.

Existem algumas formas de poupar, como os bilhetes de um dia em Tóquio, alguns autocarros noturnos que valem a pena, ou alguns passes regionais. Mas mesmo usando todos estes métodos, ainda fica bastante caro.

Até 2023, o JR pass global era a forma preferida dos viajantes de poupar no Japão, mas após o enorme aumento de preço de 2023, dificilmente vale a pena. Pelas nossas contas é muito difícil fazer valer o custo atual, e nós optamos por não comprar. Mas existem calculadoras online para verificar se vale a pena para o seu itinerário.

É necessário dar gorjeta no Japão?

#40 Não são esperadas gorjetas no Japão, simplesmente não faz parte da cultura local. De facto, não sentimos necessidade de dar qualquer tipo de gorjeta, nem vimos ninguém a dar, sejam estrangeiros ou Japoneses, seja em restaurantes ou em qualquer outro tipo de situação.

Pode haver exceções, mas não as experienciamos, e claro que se quiser recompensar um serviço espetacular pode sempre fazê-lo. No entanto, note que não é de todo habitual ou algo que os japoneses estejam à espera, mesmo quando prestam um excelente serviço.

Como Viajar no Japão

#41 Durante as nossas viagens no Japão usamos um misto de comboio, autocarro, e até barco e quase sempre funcionou bem.

Os comboios no Japão têm uma reputação estelar e na nossa opinião é completamente justificada. Os autocarros, por vezes, nem por isso, e é preciso muita atenção a planear as rotas pois por vezes há poucos horários e são incrivelmente demorados.

Ainda assim, é perfeitamente possível ir a quase todos os lugares usando apenas transportes públicos, e foi isso que nós fizemos.

Alugar carro no Japão

#42 Naturalmente viajar de carro traz maior rapidez e flexibilidade, especialmente se quiser fazer muitas caminhadas ou ir a lugares muito pouco visitados, mas para a maioria dos visitantes não precisará de carro. Além do mais, alugar carro tem também algumas desvantagens.

Para alugar carro no Japão temos que ter uma carta de condução internacional, pelo que não se esqueça de tirar a carta internacional antes de viajar. Veja no site das comunidades para mais detalhes! Andar de carro em Tóquio e outras grandes cidades pode ser extremamente complicado, demorado e até custoso. Existe imenso trânsito e muito poucos lugares para estacionar, mesmo à noite.

Pelo que analisamos os custos de alugar carro não são nada baratos, mas se for um grupo pode compensar, devido também aos custos elevados dos transportes públicos.

#43 Assim, nós optamos por não alugar carro, pois queríamos uma viagem completamente relaxada, sem preocupações com condução, estacionamentos, lidar com rent-a-car ou cartas de condução internacional.

Por isso não podemos dar muitas dicas no que diz respeito ao aluguer da viatura nem à condução, mas note que no Japão se conduz pela Esquerda! Além disto, se está habituado a conduzir em diferentes países não deverá ter grandes problemas no Japão rural. As estradas são também bastante boas e os Japoneses muito cumpridores a conduzir.

O problema serão as cidades, e aconselhamos vivamente que não tenha carro na parte mais urbana do seu roteiro, especialmente em Tóquio devido à dimensão, trânsito e confusão geral.

Transportes públicos

#44 Viajar de carro pode dar flexibilidade e ser mais rápido, mas no Japão pode-se viajar a praticamente qualquer atração de autocarro e comboio/metro. Pelo menos nós fomos a todos os lugares que queríamos, quase sempre sem grande dificuldade.

A melhor forma que encontramos para navegar o sistema de transportes do Japão é usar o google maps. Existem outras apps, mas nenhuma que experimentamos tinha grandes vantagens sobre o google maps pois esta funciona bem e em tempo real no Japão.

Combinando o google maps com a facilidade de usar os IC cards, consegue-se facilmente planear como ir, quanto custa e o tempo que demoramos para chegar ao destino.

No entanto, é fundamental confirmar sempre os custos (por vezes são muito altos), os tempos (por vezes demora imenso tempo para fazer apenas alguns km), e os timings (alguns transportes existem apenas 2 ou 3 vezes por dia). No japão é fundamental planear bem o que se vai fazer e não encher demasiado os dias.

Além disso, os IC cards funcionam em quase todos os transportes, mas é preciso bastante atenção e confirmar sempre se é possível usar pois ao contrário da Coreia em que dão sempre em todo o lado no Japão por vezes há surpresas.

#45 Para viagens de longo curso, o google maps funciona bem com os comboios, mas não tão bem com autocarros. Assim, é importante ver se há também autocarros que fazem o percurso. Sugerimos o site Willer bus pois é bastante completo e foi o que usamos quase sempre para marcar autocarros de longo curso.

Além disto terá de reservar lugares tanto nos comboios como nos autocarros. A compra de bilhetes de comboio normalmente é feita nas estações e não tivemos problemas com estarem cheios, mas também não era época alta. Tente marcar sempre com antecedência possível e de preferência de alguns dias.

Na nossa experiência os autocarros são mais económicos que os comboios mais lentos, mas a diferença não é muito grande e depende muito da viagem e se há algum passe local. Os Shinkansen são mesmo muito caros e por isso não andamos e não podemos dar grandes dicas nesse sentido.

Outras dicas de Viagem Japão

Souvenirs de Japão

#46 O Japão é um destino como nenhum outro. Vive no nosso imaginário e tem um influencia brutal na cultura ocidental, por isso vai querer trazer imensas lembranças, memórias e souvenirs.

Felizmente existem imensas oportunidades para fazer compras e ainda mais coisas interessantes para trazer. O seu maior problema não será arranjar souvenirs, mas sim arranjar espaço e peso na mala para trazer tudo!

Algumas das nossas sugestões são:

• Mangas e produtos relacionados com as suas mangas/animes favoritos
• Yukata e Kimono: Roupas tradicionais japonesas são ótimas lembranças, e você pode encontrar opções mais acessíveis, como yukata de algodão.
• Kits de ingredientes para pratos típicos Japoneses
• Artesanato e produtos típicos locais – existem um pouco por todo o lado. É só estar atento e quando se vir algo que goste, comprar.
• Chá e Utensílios de Chá: chá verde de alta qualidade e conjuntos de utensílios de chá para trazer um pedaço da tradição japonesa.
• Wagashi: os doces japoneses tradicionais. São frequentemente elaborados para terem formas bonitas como flores e plantas. Incluem os conhecidos dango e mochi por exemplo.

Internet no Japão

#47 Tal como em qualquer país desenvolvido, é de esperar que qualquer alojamento tenha WIFI grátis, pelo que esta não deve ser uma grande preocupação. Apenas convém confirmar nos comentários sobre a qualidade do sinal.

Caso queiram usar dados móveis, então terá de comprar um cartão de dados local ou um eSim. No entanto temos de notar que os cartões de dados no Japão são um dos mais caros do mundo, pelo que a compra de um eSim, pode ser uma opção fácil e barata.

Nós acabamos por usar um cartão e-Sim e funcionou bastante bem connosco. Podem comprar aqui. Se quiser pode também comprar um cartão Sim Japonês, num site como a Klook e levantar no aeroporto. É muito simples, e também garante que tem dados logo que chegar.

Limpeza, poluição e reciclagem

#48 O Japão tem a reputação de ser um dos países mais limpos do mundo. E não desilude. De facto, praticamente todos os lugares do Japão são extraordinariamente limpos e os japoneses orgulham-se de matar tudo impecavelmente limpo.

Ocasionalmente, e em alguns bairros poderá ver algum lixo do chão, mas é mesmo uma exceção. E mesmo os lugares menos limpos nem chamariam à atenção em qualquer outro lugar.

Neste aspecto, o Japão é um exemplo para o mundo!

Curiosamente (e semelhante à Coreia do Sul) existem muito poucos caixotes de lixo na rua no Japão. Por vezes é mesmo complicado encontrar um, por isso ande sempre com um saco onde possa guardar o próprio lixo até encontrar um caixote ou reciclagem.

Relativamente à reciclagem, temos o mesmo problema dos caixotes do lixo. São bastante difíceis de encontrar, e quando se encontra é um pouco complicado perceber o que é suposto ir em cada caixote. Aparentemente difere, pois nunca chegamos a uma conclusão definitiva do que é suposto fazer. Ter dificuldades em perceber a língua também dificulta um pouco

A nossa solução acabou por ser espreitar os caixotes e tentar colocar o nosso lixo onde havia lixo semelhante.

Uma situação onde gostávamos que houvesse uma melhoria no Japão é na utilização de plásticos e produtos de um só uso. Existem ainda imenso uso de plástico desnecessário e sobretudo uso de copos, talheres e outros produtos descartáveis. Muitas vezes queremos evitar e não conseguimos pois não havia outra opção.

Atenção, existe um mundo de diferença para o sudeste Asiático e até para o México, mas muito ainda pode ser feito no Japão e em qualquer outro país.

Tomadas elétricas

#49 As tomadas elétricas no Japão são do tipo A e B, com 100V de voltagem e frequência de 50/60 Hz.

Ou seja, se vier da Europa Continental (Portugal incluído) ou outros países com mesmo tipo de tomadas vai precisar de adaptador. Assim, sugerimos este adaptador, e se precisar de conversor de frequência sugerimos este.

Verifique também se a voltagem e frequência são diferentes das do seu país. Normalmente os computadores, telemóveis e afins funcionam com qualquer voltagem pois têm conversor, mas eletrodomésticos, secadores de cabelos vão precisar de transformador.

Documentação para entrar no Japão

#50 Portugueses, Brasileiros (e muitas outras nacionalidades) não precisam de visto para entrar no Japão desde que seja uma estadia até 90 dias e sejam portadores de passaporte comum eletrónico.

Obviamente estamos a falar de estadias de turismo. Se vai para trabalhar a questão é completamente diferente. Veja informação atualizada para portugueses no site das comunidades.

É aconselhavel ter sempre bilhete de saída do país e comprovativo de meios de subsistencia pois estes podem ser pedidos à entrada.

Bónus: Guia de Viagem Japão

Finalmente, se quiser comprar um guia de viagem, sugerimos este guia da Lonely Planet que tem bastante informação útil.

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