Apesar de não ser um dos destinos da moda em Portugal (ou no mundo), a Guatemala é um excelente destino para quem procura viagens de aventura, e lugares um pouco fora da comum. Neste artigo vamos explorar tudo o que precisa de saber antes de viajar à Guatemala, incluindo os custos de viajar, a segurança, os melhores destinos.
Esta lista de 50 dicas de viagem vai ajudar a tornar a sua viagem à Guatemala a experiência memorável tirando partido do melhor que o país tem para oferecer, incluindo a comida, as pessoas e claro as atrações e monumentos.
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A Guatemala e as suas pessoas
#1 Localizada na América Central, a Guatemala é um país relativamente pequeno banhado pelo Oceano Pacífico a Sul/Oeste e Mar das Caraíbas a Este. Faz fronteira com México (a norte), Belize a Nordeste, Honduras para Este e El Salvador para Sudeste.
#2 Apesar da reduzida dimensão, a Guatemala tem cerca de 18 M de Habitantes, fazendo com que seja o país mais populoso da América Central (México faz parte da América do Norte). Grande parte da população está concentrada na zona metropolitana da Capital, a cidade da Guatemala.
#3 A população da Guatemala é formada sobretudo por “ladinos” ou mestiços (cerca de 56%) e por Maias (cerca de 41%). Existem também outras etnias, mas têm percentagens muito menores.
Com cerca de 8 Milhões de habitantes indígenas, a Guatemala é o segundo país das Américas com maior número de indígenas (atrás do México), e também o segundo em percentagem, atrás da Bolívia.
Como interagir com os locais?
#4 A Guatemala foi uma colónia espanhola até 1821, e por isso a língua oficial é o Espanhol. Assim, é bastante útil falar o melhor possível espanhol, ou pelo menos Portunhol. Ajuda bastante, e as pessoas gostam que os estrangeiros falem a sua língua. Para quem fala português isto é obviamente bastante fácil e quase natural até.
Em alguns serviços relacionados com turismo, existem também pessoas que falam inglês, mas não assuma que toda a gente fala ou tem obrigação de o fazer.
#5 Em geral (e como sempre com algumas exceções) achamos os Guatemaltecos bastante simpáticos e atenciosos. Foi perfeitamente normal virem meter conversa connosco, perguntar de onde éramos (sobretudo devido à pronuncia), ou se precisamos de ajuda.
Mesmo nas áreas mais turísticas as pessoas eram sempre cordiais e os vendedores não são demasiado insistentes. De facto, muitas vezes davam-nos informações valiosas sem pedir nada em troca.
Geografia
#6 Podemos dividir a Guatemala em 3 regiões bem distintas. A zona norte que é formada sobretudo por planícies e inclui a costa das caraíbas. É aqui que fica Flores, Tikal, e Rio Dulce.
No centro do país temos a região montanhosa e vulcânica, onde fica a Antígua, a Capital, o Lago Atitlán e os Vulcões. Algumas das cidades da Guatemala ficam aqui e a altitudes bem elevadas. Por fim temos ao sul a estreita costa do Pacifico, com as suas praias de areia negra.
#7 Os vulcões são sem dúvida a a característica geológica e geográfica mais marcante da Guatemala. Com 37 vulcões oficialmente reconhecidos, a paisagem da região central da Guatemala é maravilhosa pois estamos constantemente a observar estes magníficos gigantes.
São os vulcões que tornam o lago Atitlán num dos mais bonitos do mundo e Antígua uma cidade tão única. Dos 37 vulcões, 3 estão em constante atividade. Estes são o Pacaya, o Fuego e o Santiaguito.
O mais impressionante é sem dúvida o Fuego que explode 5 a 9 vezes por hora, e pode ser visto em todo o seu esplendor do topo do Acatenango.
#8 Apesar de assustadores e por vezes destruidores, o vulcões da Guatemala trazem também imenso turismo de aventura e benefícios para a agricultura, sendo assim fundamentais para e económica do país.
A composição do solo que rodeia os vulcões é particularmente rica aumentando significativamente a fertilidade dos solos. Por isso mesmo a Guatemala é um dos maiores produtores de frutas e vegetais da América Central e um ótimo local para comer comida local e fresca.
Clima na Guatemala
#9 O clima na Guatemala é tropical sendo em geral quente durante todo o ano, com as temperaturas a baixarem (consideravelmente) com a altitude. O meses mais quentes são Abril, Maio e Junho, enquanto que os mais frescos são Dezembro e Janeiro.
Existe uma estação das chuvas e uma estação seca. A época seca vai desde Novembro a Abril, enquanto que a húmida vai desde Maio a Outubro.
Quando viajar à Guatemala
#10 Dado que na Guatemala nunca faz realmente frio (a não ser nos topos das montanhas), e não é de todo um local de destinos de massa, o fator mais importante a ter em conta é a chuva e as horas de sol.
Assim na nossa opinião a melhor altura para visitar a Guatemala é entre Dezembro e Abril, com o ponto alto a ser os meses de Janeiro e Fevereiro. Dito isto, nós fomos no final de Outubro e Novembro, e apanhamos tempo fabuloso, quase sem chuva, temperaturas ideais nas montanhas, e quentes nas planícies.
Por outro lado, a pior altura para ir será provavelmente no Verão pois as temperaturas serão elevadas nas zonas baixas e há maior probabilidade de chuvas em todo o país.
Cultura e história da Guatemala
#11 No seu auge a civilização Maia estendia-se por um largo território na Mesoamérica, que ia desde o sul do México até até El Salvador e Honduras. No entanto, o seu núcleo histórico era sobretudo no território onde hoje temos a Guatemala.
Assim a cultura da Guatemala é muito influenciada pela cultura, tradições e até a religião Maia. Assim, é ainda mais fascinante visitar a Guatemala pois, além das ruínas, é possível perceber alguns pormenores quase únicos deste país.
#12 A região onde atualmente temos a Guatemala foi conquistada no século XVI pelos espanhóis, fazendo depois parte do Vice-Reino da Nova Espanha.
#13 A Guatemala tornou-se independente de Espanha e do México em 1821, juntando-se depois durante alguns anos até 1941 à República Central Americana. Só após a dissolução desta é que a Guatemala se tornou definitivamente independente.
O século XX foi bastante conturbado para a Guatemala com uma guerra civil que durou 36 anos, de 1964 1996. Apenas após 1996, a Guatemala obteve paz interna e externa e um com isso um período de crescimento económico.
#14 Apesar de não haver um conflito ativo a Guatemala e o Belize não têm a sua relação normalizada. De facto, a Guatemala continua a não reconhecer o Belize oficialmente, reivindicando uma parte ou mesmo a totalidade do território do Belize.
Apesar desta relação conturbada, a fronteira entre a Guatemala e o Belize está aberta e é simples de passar. Nós atravessamos a fronteira sem qualquer problema em 2022 e aconselhamos vivamente que aproveite para visitar ambos os países na mesma viagem.
#15 Em geral o povo Guatemalteco é bastante conservador e religioso. Com mais de 90% da população, atualmente o cristianismo (católico e protestantismo) predomina na Guatemala, mas existem alguns casos de sincretismo entre religiões nativas (sobretudo Maias) e o cristianismo.
Assim, o guatemalenses são bastante conservadores e isso nota-se sobretudo na forma de vestir e agir. É muito raro ver-se guatemalenses com roupas bastante reveladoras.
O que vestir na Guatemala?
#16 Por outro lado, os turistas vestem-se da forma que querem e não são incomodados por isso.
Apesar de vermos noutros sites recomendações para se ser modesto nas roupas, a realidade é que vimos imensos turistas com indumentárias reveladoras, nunca vimos nenhum problema nesse sentido.
Ainda assim, sugerimos que use roupas adequadas para o lugar onde está – andar de bikini ou de tronco nu no meio da cidade é horrível em qualquer lugar do mundo.
#17 Assim, leve roupa leve e confortável e que goste de usar. Calçado para caminhadas pois provavelmente vai precisar de caminhar imenso.
Se estiver a pensar subir aos vulcões ou visitar algumas das cidades e vilas que estão em altitude note que vai precisar de roupa quente. As noites são bem frescas nesta região.
É seguro viajar na Guatemala?
#18 Toda a América Central tem uma péssima reputação em termos de segurança e a Guatemala não é exceção. No entanto as zonas que visitamos (são todas bastante turísticas) eram pacíficas. Caminhamos pelas ruas, fomos a todos os lugares que queríamos, sem nos sentirmos em risco.
Nestas áreas, basta ter atenção ao que nos rodeia e ter as precauções habituais em todo o mundo e dificilmente terá problemas. Disto isto há coisas a ter em atenção.
#19 Para avaliar o risco geral de um país costumamos usar o travelsafe. Este site avalia e compara todos os países e permite ter uma ideia dos riscos que poderemos correr.
O nível de criminalidade (violenta e não violenta) na Guatemala é bastante elevado quando comparado por Portugal e a Europa e durante a noite é preciso especial atenção.
De facto, nós evitamos sempre caminhar à noite pois o risco é bastante mais elevado. Também nos aconselharam a não usar os famosos “chicken buses” (coletivos) na Guatemala pois é arriscado para turísticas. Existem bastantes casos de assaltos relacionados.
Turismo no Guatemala
Turismo e Viajantes
#20 O Turismo é um sector fundamental na economia da Guatemala. Antes do COVID a Guatemala recebia mais de 2M de visitantes por ano, o que correspondia a uma receita de mais de 1B de USD. Após o Covid, estes números naturalmente são bastante menores, mas espera-se que voltem ao normal a partir de 2022.
#21 Esperávamos ver imensos turistas dos Estados Unidos e poucos europeus, mas não foi o caso. Com exceção de Antígua, que é uma hub de expatriados e muito popular entre americanos, a grande maioria dos turistas que vimos eram europeus.
A Guatemala é um destino de turismo de aventura, e por isso vê-se sobretudo jovens, mochileiros, muitos viajantes em longo termo ou fazendo um Gapyear.
#22 Existem apenas 3 sítios patrimónios da UNESCO na Guatemala. A cidade de Antígua Guatemala e as Ruínas de Quiriguá em Izabal são considerados património cultural, enquanto que as famosas ruínas de Tikal são consideradas património misto, por terem características naturais e culturais.
O que visitar na Guatemala
#23 O destino mais conhecido e que mais turistas atrai à Guatemala são as ruínas maias de Tikal na província de Petén.
Tikal é um local fabuloso pois mistura ruínas maias com uma selva densa e quase impenetrável. Na nossa opinião é uma das mais imponentes ruínas maias, tanto pela dimensão da cidade como por toda a sua envolvência. E as pirâmides são realmente imponentes.
A experiência da visita é bastante mais interessante que noutros locais pois ainda é permitido subir a algumas estruturas (2022) tornando a visita mais interativa e divertida. Além do mais as vistas de lá de cima são deslumbrantes.
#24 Ainda na região temos de referir as ruínas El Mirador. Bastante menos conhecidas que Tikal, e sem acessos, ir a El Mirador é uma aventura. Para se lá chegar temos de fazer uma caminhar de 5 dias – 2 para ir, 2 para voltar e um para visitar as ruínas.
Ao contrário de Tikal que é muito popular e por isso convém ir bem cedo, El Mirador está normalmente sem ninguém e por isso a experiência é completamente diferente. Além do mais, as estruturas de El Mirador (El Tigre, La Danta e Los Monos) são tão ou mais impressionantes que de Tikal. La Danta é a mesmo a mais alta estrutura conhecida do mundo maia, com 75 metros de altura.
#25 Flores é a cidade que serve de base para visitar Tikal e El Mirador, mas aconselhamos que guarde um dia para a visitar pois é um lugar muito bonito e agradável.
O centro de Flores fica numa minúscula ilha no lago Petén Itza que está ligada ao resto da Guatemala por uma estrada. O centro é muito bonito, e está muito bem organizado e preservado. A partir de lá é possível ir a várias praias do lago, fazer passeios de barco, visitar o museu, entre outras coisas.
#26 O lago Atitlán é outro dos destinos a não perder na Guatemala. Considerado por muitos um dos mais belos lagos de montanha do mundo, está rodeado de vulcões e montanhas que criam um cenário majestoso.
O lago tem várias vilas e aldeias nas suas margens, cada uma com características únicas. Uma das atividades a fazer é visitar algumas delas e perceber as diferenças entre elas. Panajachel é a maior e a mais popular, mas San Pedro e San Marcos são também muito interessantes.
Por último, se gostar de atividades mais físicas aconselhamos uma volta de Kayak ou SUP. Não é preciso entrar num tour, basta alugar os mesmos e andar.
#27 Antígua é a grande hub de expatriados e de turistas da Guatemala, e percebe-se bem porquê. A cidade é realmente única, pois foi praticamente abandonada e depois reabitada, parecendo que parou no tempo.
Apesar de ter carros e bastante movimento, os edifícios são antigos, está cheia de ruínas e não há praticamente construção moderna. As estradas são de pedra, onde as viaturas têm dificuldades em andar a mais de 20 ou 30km/h.
Escusado será dizer que adoramos Antígua e toda a sua excentricidade. Existem muitas cidades coloniais nas Américas, mas não conhecemos nenhuma tão impressionante. Antígua serve também de base para uma das mais espetaculares atividades que já fizemos.
#28 A subida do Acatenango nem sequer estava nos nossos planos, mas quando a descobrimos tínhamos que a fazer.
O Acatenango é o terceiro Vulcão mais alto da América Latina e um monumento natural impressionante. Subi-lo é uma experiência única. Não só pela subida em si, mas sobretudo pela vista que se tem para o Vulcão Fuego.
#29 O Fuego é um vulcão ativo e em constante erupção. Em média a cada 15 minutos temos uma erupção, umas mais explosivas que outras, são sempre espetaculares.
Se sempre quis ver um Vulcão em erupção, o Fuego é provavelmente a sua melhor oportunidade pois além de acessível é também um acontecimento quase garantido. As explosão são enormes e durante a noite vê-se a lava a voar e depois escorrer pela montanha. É majestoso e assustador ao mesmo tempo.
Neste artigo pode ver tudo o que precisa de saber para subir ao Acatenango. Vale mesmo a pena.
#29 Um destino menos conhecido mas muito popular entre mochileiros são as piscinas naturais de Semuc Champey, perto de Lanquín.
Semuc Champey significa “rio que se esconde nas montanhas”, o que é uma boa descrição do local. O rio Cahabón afunda e faz algumas centenas de metros por baixo da terra. Ao mesmo tempo, por cima a água que escorre das montanhas formam vários lagos e cascatas que acabam por desaguar no Cahabón.
As lagoas são lindíssimas com azul turquesa transparente com pequenas quedas de água entre elas. O lugar faz lembrar os lagos e quedas de água de Plitvice na Croácia, mas com a vantagem de que se pode nadar e tem muito menos gente. Ainda para mais, a água é morna, o que torna tudo ainda melhor.
#30 Até agora ignoramos completamente a Capital do país, a Cidade da Guatemala, e as razões são simples. Primeiro porque não fomos lá e por isso não podemos recomendar ou dar grandes dicas.
Depois porque pela informação que recolhemos a cidade não é particularmente bonita nem interessante, sendo que provavelmente gastará melhor o seu tempo noutros lugares. Finalmente, a Cidade da Guatemala é notoriamente perigosa. Grande parte da criminalidade que ocorre no país ocorre na capital.
Assim, a nossa dica é: não perca tempo na Cidade da Guatemala, o melhor da Guatemala está noutros lugares.
#31 Finalmente existem mais alguns destinos que nos parecem interessantes mas não fomos visitar por falta de tempo, nomeadamente:
- Mercado de Chichicastenango – famoso mercado indígena. Conhecido por ser o maior do país e um dos maiores do mundo. Apenas ocorre às quintas de domingos por isso planeie atempadamente (foi o nosso erro)
- Praias do Pacifico – são sobretudo praias de areia vulcânica, e populares entre surfistas. Em termos de beleza e água não são de como as praias das Caraíbas e México.
- Rio Dulce – zona natural que dizem ser muito bonita
- Quetzaltenango – segunda cidade do país, e um bom destino para quem quer sair da rota mais turística.
Comer e Beber na Guatemala
#32 A comida tradicional da Guatemala é muito baseada na comida indígena Maia, com forte influência colonial Espanhola e Mexicana.
Muitos dos pratos típicos são semelhantes aos Mexicanos, nomeadamente aos de Yucatan. Por vezes têm nomes diferentes outras vezes o próprio nome é igual.
#33 Tal como no México, milho, feijão e chile são a ingrediente base de quase toda a cozinha guatemalense, pois são os ingredientes tradicionais Maias.
Uma diferença fundamental para a comida típica mexicana é que a comida da Guatemala normalmente não é picante.
#34 A tortilha de milho é usada em grande parte dos pratos da Guatemala (e também do México), especialmente se pensarmos em comida de rua. Serve também para acompanhar pratos principais, e na prática é rara a refeição que não trás algumas tortilhas a acompanhar.
Existe uma imensa variedade de pratos com base na tortilha. Estas podem ser quentes, frias, dobradas, fritas, etc. Além disso, o número de ingredientes com que se pode rechear a tortilha é quase infindável e depende sobretudo da nossa criatividade, mas muitas vezes inclui carnes, abacate, tomate, todo o tipo de molhos, queijo, creme, milho, outros vegetais, etc.
#35 Um dos pratos mais típicos da Guatemala (e de toda a Mesoamérica) é o Tamale. Feito a partir de massa de milho é cozido em folhas de bananeira ou milho que lhes dá algum sabor e aroma. Muitas vezes é recheado com queijo, fruta, tomate, pimentos, chiles, ou carnes ou qualquer outra ingrediente. Desta forma é um prato muito flexível.
Este é realmente um prato com história pois estima-se que a sua origem date de 8000 a 5000 anos AC. Só essa razão chega para ser um prato a não perder quando visitar a Guatemala. Ainda assim não é de todo o nosso prato favorito na região. Achamos o sabor demasiado neutro e o milho muito pastoso ou mesmo enjoativo.
#36 Apesar de oficialmente a Guatemala não ter um prato nacional, o Pepián é o que mais se assemelha a isso. É uma espécie de estufado que nasceu da fusão das cozinhas espanholas e indígenas, utilizando tanto ingredientes do novo como do velho mundo.
Apesar de ter um sabor rico e profundo por usar bastantes ingredientes e especiarias não é picante. A versão mais popular é servida com frango, mas pode ser feito com qualquer carne. Como não podia deixar de ser normalmente é servido com tortilhas, mas também com arroz.
#37 O Café e o Chocolate são dois dos mais conhecidos produtos da Guatemala. Aproveite para experimentar as várias bebidas de chocolate e/ou café pois este é uma dos melhores produtores destes ingredientes.
O cacao era fundamental para os Maias e por isso é também muito importante na Guatemala.
TOP TIP
O melhor chocolate quente que bebemos nas nossa vidas foi em Panajachel na “La casa del Chocolate Artesanal”
#38 Em muitos países os hábitos de pequeno almoço são muito diferentes dos Portugueses e Europeus. Por isso muitas vezes acaba por ser a refeição mais complicada de arranjar.
Na Guatemala ficamos um pouco a meio caminho. Não temos os típicos cafés portugueses, nem os Guatemaltecos tomam pequenos almoços parecidos aos nossos. No entanto, existem em quase todos os lugares turísticos menus de pequeno almoço bem completos e a preços muito acessíveis.
Estes pequenos almoços incluem café, feijão, pão ou tortilhas, queijo, ovos (feitos das mais diversas formas), banana frita e por vezes bacon e até abacate.
Dinheiro e custos de viajar na Guatemala
#39 A Moeda oficial da Guatemala é o Quetzal e a taxa de cambio anda a volta dos 1 Euro por 8-9 Quetzals. É uma taxa de cambio variável, mas não costuma variar muito ao longo do tempo. Mas veja a taxa de cambio antes de ir.
Alguns lugares aceitam USD (euros nunca vimos, mas é possível que também para desenrascar), no entanto desaconselhamos vivamente que o faça. O cambio será sempre altamente desfavorável.
#40 Sugerimos que ande sempre com dinheiro (Quetzales) pois muitas lojas não aceitam cartões ou cobram uma taxa extra por usar o cartão.
Felizmente não é dificil arranjar caixas (cajeros) nos locais mais turísticos. Espere é pagar sempre uma taxa de levantamento, por isso levante sempre o valor máximo possível para minimizar estes custos.
Quanto custa viajar na Guatemala
#41 Esta é sempre uma das questões mais complicadas de dar uma resposta concreta pois depende imenso do tipo de turística que é e das atividades que procura.
Dito isto, vamos partilhar convosco as nossas despesas gerais, sabendo nós que somos mochileiros, e que fizemos uma viagem relativamente rápida e algumas atividades, incluindo a subida a Acatenango, e a visita a Tikal.
Assim, viajando de mochila e como casal, gastamos 1085 euros em 12 dias, o que dá uma média de cerca 90 Euros por casal, e de 45 por pessoa por dia. Estamos a incluir todas as despesas que tivemos com exceção do seguro de viagem (pois é anual) e das viagens de entrada e saída do país.
De forma geral consideramos a Guatemala um país bastante barato para viajar, e sobretudo bastante barato quando comparado com outros países da região que já visitamos incluindo Belize, Costa Rica, Panamá, e até o México. Não é tão barato como sudeste asiático, mas é dos mais baratos que já visitamos.
De facto, todo o tipo de despesas são baratas, incluindo os tours e as viagens de shuttle. É ainda mais barato se tivermos em consideração que algumas experiências são do melhor que existe. Tikal são as mais espetaculares ruínas mesoamericanas que conhecemos e o Acatenango é uma aventura inesquecível.
Como são as gorjetas na Guatemala?
#42 Com excepção da restauração, em geral as gorjetas não são obrigatórias nem fazem parte da cultura na Guatemala.
Nos restaurantes o que acontece é que muitos acrescentam 10% de taxa de serviço ao total da conta. Quando não colocam, fica à descrição de cada um. Dado que normalmente são muito baratos não é um custo avultado e é uma forma de ajudar os locais, especialmente quando o serviço é bom.
Existe também outra situação em que dar gorjeta é habitual e até aconselhável que é aos guias turísticos, especialmente quando fazem um bom serviço. Na nossa viagem tivemos a sorte de ter guias muito bons pelo que devemos sempre gorjeta.
Como viajar na Guatemala?
#43 Durante a nossa viagem na Guatemala usamos quase exclusivamente shuttle buses. Apesar de não ser de todo a nossa forma preferida de viajar (até é a que menos gostamos), a verdade é que da forma como o turismo do país está organizado é a forma mais fácil para os mochileiros.
Os shuttles podem ser marcados nos alojamentos diretamente, o que é muito conveniente. Ou nas muitas lojas nos centros das cidades. Aconselhamos que veja alguns preços antes de comprar porque variam um pouco.
Além de convenientes para marcar, estes levam-nos diretamente para os centros das cidades ou mesmo para o alojamento, dependendo do destino e do shuttle.
Assim, para um turista acaba por ser o ideal, até porque também não são muito caros, especialmente quando comparados com México e Belize.
#44 Uma alternativa ainda mais barata aos shuttles são os chicken buses. Apesar do nome curioso e até apelativo, os chicken buses são simplesmente os coletivos locais usados sobretudo pelos locais, em toda a américa latina.
Estes autocarros são muitas vezes antigos autocarros escolares dos EUA pintados com cores fortes e apelativas. É também normal haver música alta e muitas luzes. Andar nestes autocarros é uma experiencia em si mesmo, e pode ser bem divertido. São também extremamente baratos.
No entanto temos de referir que fomos avisados várias vezes na Guatemala não é muito aconselhável os turistas usarem estes autocarros pois acabam por atrair criminalidade. Por isso, apesar de termos usado no Belize, Costa Rica e Panamá (por exemplo) não usamos na Guatemala.
Nota: não estamos a dizer que se andar vai ser assaltado, apenas que o risco existe e é mais elevado.
#45 Por outro lado tanto os chicken buses como outros autocarros têm um problema grave. Como as rotas não foram criadas a pensar nos turistas, na maioria dos casos precisamos de fazer 2 ou 3 (ou até mais) trocas de autocarro para chegar ao destino.
Acaba por demorar muito tempo e ser muito cansativo.
#46 Não conduzimos na Guatemala, pelo que não podemos dar dicas diretamente sobre isso ou sobre alugar viaturas.
Podemos no entanto referir que tal como em toda a América Latina, os locais não são particularmente bons condutores e são muito impacientes. Não é particularmente grave e se tiver experiencia em conduzir em África, Asia ou América não deverá ter grandes problemas.
#47 Por outro lado as estradas são complicadas. Não é que sejam especialmente más, de facto são bem melhores do que esperávamos, pois não têm muitos buracos para os principais destinos.
O problema é que praticamente não existem vias rápidas, há imenso transito a volta da capital, têm imensas lombas para obrigar a reduzir a velocidade e na zona montanhosa é impossivel chegar rápido a um destino porque é sempre curva e contra curva.
Resumindo, espere demorar imenso tempo nas deslocações, normalmente meio dia, ou mesmo dia inteiro. Mesmo que no mapa não pareça demasiado longe.
Outras coisas que preciso saber antes de viajar à Guatemala
Preciso de adaptador para Guatemala?
#48 As entradas de eletricidade na Guatemala são do tipo A e B com voltagem 120V e 60Hz de frequência. Estas são as tomadas de eletricidade dos EUA, Japão e China. Por isso, se vier da Portugal, Europa ou Brasil vai precisar de adaptador.
Se precisar de adaptador aconselhamos este adaptador universal.
Como é internet na Guatemala?
#49 Aconselhamos que compre um cartão SIM pré-pago de dados assim que chegue à Guatemala. São baratos, fáceis de carregar em quase qualquer loja, e têm boa rede. Apenas em zonas remotas deve ter mais problemas com a ligação.
Nós compramos da Claro e funcionou perfeitamente.
Os alojamentos normalmente têm WIFI nas áreas públicas e quartos, mas aconselhamos sempre que confirme antes de marcar. Por último desaconselhamos que dependa exclusivamente dos WIFI públicos pois muitas vezes não funcionam.
Preciso de visto para entrar na Guatemala?
#50 Portugueses não precisam de visto de entrada, nem têm de pagar nada à entrada para viagens inferiores a 90 dias, no entanto é exigido um passaporte com validade superior a 6 meses além do fim da viagem
Tal como referimos em cima, entramos e saímos da Guatemala por terra e em ambos os casos foram passagens de fronteira muito pacificas, e até rápidas. Não temos informação de como será no aeroporto da cidade da Guatemala, mas provavelmente será igualmente simples.
Bónus – Guia de viagem para a Guatemala
O nosso guia de viagem recomendado para a Guatemala é o Lonely Planet Guatemala 7.
Alternativamente, se estiver a pensar viajar pela Guatemala, Belize e Yucatan, aconselhamos vivamente este guia que inclui as 3 regiões.
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