Desde o árido Deserto do Atacama, no norte, até aos gelados fiordes da Patagónia, no sul, o Chile oferece uma incrível diversidade de experiências. Mas sabia que este é também um país com uma gastronomia surpreendente, um rico património cultural e algumas das paisagens naturais mais deslumbrantes do planeta?
Ainda assim, muitos viajantes continuam a ignorar esta autêntica jóia longa e estreita. Este é um destino que não vai querer perder. Neste guia, vamos ajudá-lo a planear uma viagem inesquecível ao Chile, partilhando dicas essenciais para explorar o país sem stress e tirar o máximo partido deste território impressionante.
E acredite, há tanto para descobrir. Para simplificar, reunimos uma lista com as 50 coisas que precisa de saber antes de viajar para o Chile. Esta lista inclui destinos imperdíveis, dicas para interagir com os locais, as melhores formas de se deslocar, conselhos sobre custos, como poupar dinheiro e muito mais.
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Sobre o Chile e os chilenos
Onde fica o Chile?
#1 Com uma área de 756.096 km², o Chile é um país estreito e comprido localizado na costa oeste da América do Sul.
Esta é uma geografia peculiar e que traz consigo uma enorme diversidade de climas, geografias, animais e plantas. O Chile estende-se por cerca de 4.300 km de norte a sul, mas tem apenas aproximadamente 177 km de largura média. O ponto mais estreito são apenas 90km, entre a fronteira com Argentina e o mar.
#2 O Chile faz fronteira com a Argentina a leste, a Bolívia a nordeste e o Peru ao norte. A oeste, temos o Oceano Pacifico com um litoral que se estende por 6 435 km, enquanto a sul está o infame Estreito de Drake.
#3 O Chile também inclui territórios insulares no Oceano Pacífico, como a Ilha de Páscoa (Rapa Nui), famosa por suas misteriosas estátuas Moai, e o arquipélago Juan Fernández. No entanto, como não os visitámos não podemos dar grandes dicas sobre estas regiões.
#4 Com um território estreito e extenso, o Chile tem uma geografia singular. Estendendo-se por 4 300 km, é marcado pela longuíssima costa e pelos andes que percorrem todo o país de norte a Sul.
A norte temos o famoso deserto de Atacama no altiplano, conhecido por ser o mais seco do mundo, enquanto que no Sul temos florestas temperadas, lagos, fjordes e glaciares. No extremo sul, o clima é subpolar, com temperaturas extremas no inverno.
Quase todo o país é também marcado pelos imensos vulcões, tanto a norte como a centro e sul.
Toda esta diversidade de altitudes, climas e ambientes torna o Chile um país fabuloso para viajar, cheio de extremos e lugares que parecem de outro mundo.
#5 Uma das coisas mais importantes a ter em conta quando planear uma viagem ao Chile é que este fica localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, e é uma das regiões do mundo com maior atividade sísmica.
Assim, esteja preparada para a possibilidade de haver terramotos e até tsunamis. Esteja atento às indicações e sinalizações de evacuação, bem como às noticias.
Em tom de brincadeira os chilenos dizem que quem for ao Chile e não sentir pelo menos um pequeno terramoto, então não visitou mesmo o Chile. Na realidade não é tão mau assim, pois estivemos um mês no Chile e não sentimos nenhum. Ainda assim, esteja atento pois são mesmo muito frequentes.
#6 A capital e maior cidade do Chile é Santiago, situada no centro do país, próxima da Cordilheira dos Andes. Outras cidades de destaque incluem Valparaíso, conhecida pelo seu porto e arquitetura colorida, e Viña del Mar, uma famosa estância de praia mesmo junto a Valparaiso.
Embora bem mais pequena, Punta Arenas é um importante ponto de acesso à Patagónia chilena. San Pedro de Atacama é extremamente famosa por ser a porta de entrada no deserto, mas é uma vila bem pequenina.
Os Chilenos
#7 Em 2024, a população chilena é composta por cerca de 19 milhões de pessoas, com quase 6 milhões concentrados na capital, Santiago. É um país bastante urbanizado, mas com grandes regiões de baixíssima densidade populacional.
#8 A maioria da população chilena é considerada mestiça, principalmente com influências indígenas e europeias. Ainda assim, os povos indígenas representam cerca de 10% da população total, com destaque para os Mapuches, Aymaras e Rapa Nui da Ilha de Páscoa.
#9 Uma grande parte da imigração europeia para o Chile ocorreu apenas no século XIX, especialmente com a chegada de Alemães, mas também bastantes ingleses e franceses. O Chile tem também uma importante comunidade de descendentes bascos.
Os imigrantes contribuíram para desenvolvimento cultural e económico do Chile, e deixaram marcas significativas na arquitetura, gastronomia e costumes locais, particularmente no sul, em regiões como Valdivia, Llanquihue e Puerto Montt.
#10 O Chile é um país maioritariamente católico com quase 50% da população a considerar-se cristã e 17% protestante. No entanto, uma crescente parte da população declara-se ateia ou agnóstica, mostrando que o país está a passar por um processo de secularização.
Oficialmente o Chile é um país laico com separação entre o estado e as igrejas. A legislação interna proíbe também a intolerância religiosa.
Como comunicar no Chile?
#11 O espanhol, ou castelhano, é a língua oficial do Chile e é falado por praticamente toda a população. Algumas línguas indígenas ainda são faladas, nomeadamente o mapudungun (dos Mapuches) e o rapanui (na Ilha de Páscoa).
Mas mesmo que não fale espanhol, não vai ter qualquer problema em comunicar pois o portunhol será suficiente para a interacções básicas. Além disso, nas zonas turísticas, especialmente em Atacama, muitas pessoas falam algum português devido ao grande número de turistas brasileiros. Existem até imensos tours em português.
Nós não tivemos qualquer problema em comunicar no Chile, e nunca tivemos de recorrer ao inglês. Pela informação que recolhemos nem toda a gente fala, e o nível de proficiência varia bastante, mas nas atividades turísticas dificilmente terá problemas.
Finalmente, se tiver com problemas em comunicar com alguém pode sempre tentar utilizar um tradutor automático, como este. Além disso, e como em qualquer outro lugar do mundo, simpatia e um sorriso levam-nos muito longe e ajudam imenso na interação com os locais.
Como são as pessoas?
#12 Há muitas razões para gostar do Chile, desde a beleza natural e diversidade do país até à simpatia de grande parte da sua população.
Sentimos que foram quase sempre atenciosos e pareciam felizes por estarmos a visitar o seu país, curiosas sobre o nosso percurso e disponíveis para dar algumas dicas. Apreciavam que tentássemos falar espanhol e achavam muito curioso o nosso português ser diferente do que conhecem (Portugues do Brasil).
Tudo isto tornou a experiência de viajar no Chile bastante agradável.
Sobre história do Chile
#13 A história do Chile no século XX fica marcada pela chegada ao poder de Salvador Allende (por via democrática). Allende tentou implementar um projeto socialista no Chile, mas o seu governo durou apenas 3 anos.
Durante este período, a economia chilena afundou devido diversos fatores, como a nacionalização de recursos, a ineficiência governativa e às pressões internacionais, nomeadamente dos EUA.
O processo de socialização dividiu profundamente o Chile entre apoiantes do projeto socialista e opositores que temiam uma rutura com a democracia liberal. Essa polarização levou a confrontos diários nas ruas e à radicalização de ambos os lados.
#14 Toda esta instabilidade culminou no golpe militar de 11 de setembro de 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet, que depôs Allende. O Palácio La Moneda em Santiago foi bombardeado pelas Forças Armadas, e Allende morreu no seu interior.
Após o golpe, foi instaurada uma ditadura militar sob Pinochet, marcada por uma forte repressão com mais de 3 mil mortos ou desaparecidos, cerca de 40 mil torturados e milhares de exilados. Esta foi a ditadura militar mais longa da América do Sul, que durou desde 1973 a 1990.
#15 O período da ditadura militar também foi marcado pela implementação de políticas neoliberais e pela reversão de todas as reformas de Allende. Com o tempo, o Chile recuperou economicamente, e hoje, é um dos países mais ricos da América Latina, com um crescimento económico notável nas últimas décadas.
Uma das coisas que notamos foi o orgulho dos chilenas na sua recuperação económica e a crença profunda na importância do capitalismo e do liberalismo para o contínuo crescimento e desenvolvimento do país.
Clima no Chile
#16 Devido à sua geografia longa e estreita, que se estende por mais de 4.300 km, o Chile possui uma diversidade climática impressionante. Ainda assim podemos dividir o país em 4 grandes regiões climáticas:
- Norte (Deserto do Atacama): É uma das áreas mais secas do mundo, com clima desértico, e grande oscilação térmica entre o dia e a noite. As temperaturas podem ser altas durante o dia, mas caem drasticamente à noite.
- Região Central (Santiago e arredores): Apresenta um clima mediterrâneo, com estações bem definidas. Os verões (dezembro a março) são quentes e secos, enquanto os invernos (junho a setembro) são frios e chuvosos. A primavera e o outono oferecem temperaturas amenas.
- Sul (Patagónia): O clima é frio e húmido, com chuvas frequentes durante todo o ano. No verão, as temperaturas são mais amenas (10°C a 18°C), mas os ventos são fortes. No inverno, as temperaturas caem para abaixo de 0°C, com neve em muitas áreas.
- Ilha de Páscoa: Possui um clima subtropical agradável durante todo o ano, com temperaturas médias entre 20°C e 25°C.
Qual a melhor altura para visitar o Chile?
#17 Devido à diversidade climática é difícil definir a melhor época para o país todo, e por isso a melhor altura para visitar o Chile dependerá muito daquilo que procura.
Ainda assim, tenha em consideração que a época alta no Chile é no verão, entre Dezembro a Fevereiro. Neste altura os preços são mais elevados e vai encontrar muitos mais turistas nas maiores atrações, especialmente na Patagónia.
O verão é ideal para ir à patagónia, pois é quando as temperaturas são mais agradáveis, bem como as zonas costeiras de Viña del Mar/Valparaíso e La Serena. São as melhores alturas para fazer praia.
Por outro lado, o inverno é muito popular para quem procura desportos de neve nos Andes. A melhor altura para visitar o deserto de Atacama é a primavera (entre Setembro e Novembro) pois as temperaturas são mais amenas e o céu está normalmente limpo.
Nós visitámos o Chile entre Outubro e Novembro e achamos o tempo ideal para atividades ao ar livre como caminhadas, acampar, ver estrelas e explorar o país em geral. A patagónia em Novembro é ainda um pouco fresca, mas apenas isso. E com a vantagem de ter muito menos gente do que no Verão.
É seguro viajar no Chile?
#18 Sim, na nossa experiência é bastante seguro viajar para o Chile, sendo mesmo considerado um dos mais seguros da América do Sul, com baixa criminalidade em comparação com outros destinos da região.
No entanto, como em qualquer lugar, existem riscos que os turistas devem estar cientes, como em todos os países, especialmente em locais muito movimentados e turísticos, como terminais ferroviários e rodoviários, e atrações turísticas nas grandes cidades.
A maioria das áreas turísticas mais populares, como o Deserto do Atacama, a Patagónia e as regiões vinícolas, são muito seguras. Por outro lado, algumas áreas de Santiago (margem norte do rio) e de Valparaíso (junto ao Porto) são um relativamente perigosas e não nos sentimos muito à vontade lá.
Viajar ao Chile
Turismo no Chile
#19 Embora o turismo seja um setor bastante importante para o Chile, o país recebeu apenas 3.73 milhões de visitantes em 2023, ainda baixo dos valores pré-pandemia. 2019 foi o ano recorde, quando o Chile recebeu 4.5 milhões de turistas, mas espera-se que 2024 já o ultrapasse.
A maioria dos visitantes ao Chile vem do Brasil e da Argentina, o que não é surpreendente, pois são os maiores países da América Latina. Apesar de haver também bastantes visitantes dos EUA e da Europa, a distância continua a ser uma barreira importante.
No entanto, a beleza natural, a segurança e todas as atrações únicas que o país oferece tem feito aumentar a procura e a percepção do país. Por isso, prevê-se que o Chile se vá tornando cada vez mais popular entre os ocidentais.
#20 O Chile é um dos melhores destinos do mundo para quem gosta de atividades ao ar livre e caminhadas. A diversidade de atrações, os ambientes extremos, e beleza única da Patagónia e Atacama atraem aventureiros de todo o mundo.
No entanto, muitas das atrações principais são também relativamente fáceis de visitar e já contam com uma boa estrutura de apoio. Assim, existem tours organizados que permitem a quase toda a gente usufruir do melhor que o Chile tem para oferecer.
A grande desvantagem desta popularidade crescente do Chile é que os preços de algumas atrações aumentaram consideravelmente, nomeadamente dos parques nacionais e tours organizados. Mas vamos falar mais sobre isso na secção abaixo sobre os custos.
O que visitar no Chile?
#21 O deserto do Atacama é uma das zonas mais populares e extraordinárias do Chile. Conhecido por ser uma das regiões mais áridas do planeta, tem paisagens de outro mundo cuja beleza única atrai milhares de pessoas todos os anos.
O deserto é enorme e muito pouco povoado, e por isso a maioria dos visitantes fica na pequena aldeia de São Pedro de Atacama e faz visitas (independentes ou guiadas) a várias atrações como:
- Valle de la Luna
- Valle de la Muerte
- Lagunas Altiplánicas
- Geysers el Tatio
- Piedras Rojas
- Termas de Puritama, etc.
É possível visitar cada uma destas atrações independentemente, mas todas implicam um bilhete de entrada.
#22 A altitude e o céu limpo durante quase todo o ano tornam o deserto de Atacama também um local ideal para observar o céu. Existem imensos tours organizados de observação do céu e esta é uma atividade a não perder para quem tem curiosidade sobre astronomia.
O famoso observatório ALMA, que também fica perto de San Pedro, infelizmente já não está acessível para visitas. Ainda assim aconselhamos que antes da viagem confirme se as visitas ainda estão suspensas, pois seria uma experiência a não perder.
Se quiser visitar telescópios no deserto, a melhor opção será provavelmente o Very Large Telescope, a menos de 100 km a sul de Antofagasta.
#23 Situada entre o Pacífico e os Andes, Santiago é a capital e maior cidade do Chile. É cidade grande e desenvolvida, mas prepara-se para ver alguma (bastante) pobreza visível.
Uma nota importante sobre Santiago (e outras cidades grandes do país). O Chile é uma das economias mais fortes da América Latina, mas ainda assim parece haver uma parte relativamente grande da população que está a ficar para trás.
Santiago não foi, de todo, uma das nossas partes favoritas da viagem, mas achamos importante lá ir e passar 1 ou 2 dias para conhecer também este lado Chile. Ainda assim, existem alguns pontos de interesse, como:
- A Plaza de Armas
- Catedral Metropolitana
- Palácio de La Moneda
- Museu Nacional de Belas Artes
- O bairro de Bellavista, onde se pode explorar a arte de rua e saborear a gastronomia local
- Cerro San Cristóbal para ver vistas panorâmicas da cidade e arredores.
#24 Relativamente perto de Santiago temos a cidade portuária de Valparaíso – uma cidade histórica e singular. Em tempos era um dos portos mais importantes das Américas pois era um ponto de paragem obrigatório de todos os barcos que vinham da, ou, para a passagem de Drake.
Com a construção do Canal do Panamá, Valparaíso perdeu muita importância, o que é visível na sua realidade atual. Ainda assim, a cidade é Património Mundial da UNESCO devido à sua arquitetura única e importância histórica.
Atualmente, Valparaíso é conhecida pelas suas colinas cobertas de casas coloridas, arte de rua e atmosfera boémia. Os bairros do Cerro Alegre e Cerro Concepción são incrivelmente coloridos e bonitos. Além disso, os icónicos elevadores, como o Ascensor Reina Victoria, oferecem vistas incríveis do porto e das colinas circundantes.
Finalmente, não perca a oportunidade de visitar a “La Sebastinana” a casa-museu de Pablo Neruda. Mesmo que não seja fan do Poeta, é um lugar que vale a pena.
#25 Viña del Mar fica mesmo ao lado de Valparaíso mas dificilmente poderia ser mais diferente. Viña del Mar é moderna, com condomínios novos virados para a praia.
A praia de Reñaca é uma das mais icónicas, perfeita para banhos de sol e desportos aquáticos, enquanto a Praia de Caleta Abarca oferece vistas fantásticas e é próxima de atrações como o Relógio de Flores, um dos símbolos da cidade.
A menos que planeie passar vários dias na praia, diríamos que um dia em Viña del Mar e outro em Valparaíso é suficiente para ficar a conhecer estas duas belas cidades.
#26 A região dos Lagos no sul do Chile é também muito popular devido à sua beleza natural e a várias atrações únicas como:
- Puerto Varas – situada às margens do Lago Llanquihue e com vistas deslumbrantes para os vulcões Osorno e Calbuco.
- Saltos del Petrohué – impressionantes cascatas de água turquesa cercadas por rochas vulcânicas.
- Vulcão Osorno – espetacular vulcão em forma de cone quase perfeito.
- O Lago Todos los Santos – conhecido pelas suas águas esmeralda e pelo ambiente tranquilo.
- Frutillar – conhecida famosa pelo seu Teatro del Lago, a sua atmosfera cultural e herança germânica.
A região dos grandes lagos também marca o início da Carretera Austral, que foi, provavelmente, o nosso destino favorito no Chile.
#27 A Carretera Austral é uma das mais emblemáticas estradas do Chile e de todo o mundo. Com cerca de 1.240 km, liga Puerto Montt a Villa O’Higgins, atravessando paisagens selvagens e remotas da Patagónia chilena.
Uma das características fundamentais desta estrada é que grande parte dela ainda é em terra batida e cascalho (especialmente a sul do lago General Carrera). Apesar de ser possível conduzi-la com qualquer viatura, torna a experiência numa aventura e um desafio que dificilmente vai esquecer.
Esta é uma viagem imersão na natureza patagónica onde é possível contemplar florestas exuberantes, lagos cristalinos, rios caudalosos e montanhas majestosas. A maior atração é a paisagem como um todo mas existem alguns lugares a não perder como:
- O glaciar suspenso de Queulat;
- As marble caves;
- O lago General Carrera;
- Villa O’higgins;
- Caleta Tortel;
- Parque Nacional de Pumalín.
#28 Toda a região da Patagónia chilena merece ser visitada, seja através de uma viagem de carro, autocarro ou até ferry pelas ilhas e fiordes. É um destino único, mas perfeito para quem procura maravilhar-se com a grandiosidade da natureza.
O encontro entre os Andes e o Oceano Pacífico criou uma região incrível, repleta de lagos, montanhas e vulcões de uma beleza inigualável. E, ao contrário do que acontece na Argentina em que uma grande parte da região é árida, no Chile é uma zona de enorme humidade e diversidade.
O destino mais icónico da região é, provavelmente, o Parque Nacional Torres del Paine, famoso pelas suas formações rochosas, lagos turquesa e trilhos de trekking desafiantes, como o W e o O. Outros locais imperdíveis incluem o Glaciar Grey e o Lago Nordenskjöld.
O acesso ao Parque Nacional é muito caro, com o bilhete mais barato a custar mais de 50 USD. Infelizmente não pudemos visitar Torres del Paine, pelo que não podemos dar grandes dicas sobre isso.
#29 Punta Arenas é um ponto estratégico para explorar a Patagónia chilena e um importante centro comercial e de transporte. A cidade é maior do que se poderia esperar, e por isso é também um dos pontos de entrada na Patagónia chilena, bem como um dos pontos de acesso à Antártida.
Situada na costa do Estreito de Magalhães, não é uma cidade particularmente bonita nem oferece muitas atrações, mas é interessante. Além disso, partir desta cidade podemos fazer alguns tours para ir ver outras atrações como:
- A Ilha Magdalena, com sua colónia de pinguins.
- O Parque Nacional Alberto de Agostini.
- Cruzeiros pelo estreito de Magalhães.
#30 Nenhum artigo sobre o Chile estaria completo sem falarmos da ilha da Páscoa. Apesar de se situar a cerca de 3.700 km da costa do Chile, faz parte do território e é extremamente popular tanto pela beleza natural como por ser um dos destinos mais isolados do mundo.
Conhecida pelas suas misteriosas estátuas de pedra, chamadas moai, a ilha tem uma história rica e única, repleta de enigmas que atraem viajantes de todas as partes do mundo. Há cerca de 900 estátuas espalhadas pela ilha, e muitas delas estão em locais estratégicos, como o sítio arqueológico de Ahu Tongariki, famoso pela sua fileira de moai alinhados com vista para o oceano, sendo o maior e mais impressionante de todos.
A visita à ilha é bastante dispendiosa pois além do voo, também os alojamentos, a comida e o Parque Nacional são bastante caros. Apesar de não termos visitado, analisámos a possibilidade com bastante detalhe e diríamos que o ideal será passar 3 dias completos na ilha e deve orçamentar entre 1200 a 1500 USD.
#31 Em cima falámos sobretudo dos lugares mais famosos do Chile e aqueles que visitamos durante a nossa viagem de cerca de um mês. Ainda assim, existem muitos outros que poderá equacionar incluir no seu itinerário, dependendo do seu orçamento e tempo, como por exemplo:
- Pucón e o Vulcão Villarrica na região da Araucária;
- Ilha de Chiloé – um lugar calmo e relaxante com cozinha e ambiente únicos;
- Valles de Elqui – mais um destino de turismo astronómico;
- Cajón del Maipo – destino de natureza e montanha muito proximo de Santiago.
- Região das vinhas no centro do Chile, com destaque para o Vale do Colchagua e o Vale do Maipo.
- La Serena – cidade antiga com praias bonitas.
O que comer no Chile
#32 Uma das principais razões pelas quais adoramos viajar é para experimentar os pratos típicos de cada país e região. Antes de viajarmos, lemos que a comida no Chile era muito desinteressante, e era um dos piores países para comer na América do sul, pelo que não ficamos com grandes expectativas.
No entanto, depois de 3 meses a viajar pelo Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai, temos que admitir que foi no Chile que melhor comemos e onde que encontramos os pratos mais criativos e interessantes. Nem sempre deliciosos, mas por vezes o divertimento está mesmo na descoberta.
A comida do Chile reflete a diversidade geográfica e cultural do país, combinando tradições indígenas e influências europeias, especialmente espanholas.
#33 Uma das características fundamentais da geografia chilena que se reflete profundamente na culinária é a sua longa costa e, consequentemente, os muitos e deliciosos pratos de marisco. Alguns dos nossos favoritos e que aconselhamos a experimentar são:
- Machas à la Parmesana: Um prato à base de machas (moluscos típicos do Chile) cobertos com queijo parmesão e gratinados. É uma entrada deliciosa.
- Pastel de Jaiba: Uma torta feita com carne de caranguejo desfiada, pão, leite, queijo e temperos. É um prato típico das regiões costeiras e um dos nossos favoritos no Chile.
- Caldillo de Congrio: Popularizado pelo poeta Pablo Neruda na sua “Oda al Caldillo de Congrio,” é uma sopa feita com congro (um peixe típico chileno), vegetais e temperos.
- Salmão e pescada (merluza): O salmão e pescada são os dois peixes mais populares no Chile e normalmente não desiludem, sejam fritos ou à la plancha. Se gosta de peixe, não perca a oportunidade de se deliciar. São também normalmente muito usados no ceviche.
- Ceviche: apesar de originalmente do Peru, é muito popular no Chile. Se gosta (ou nunca provou) ceviche, aproveite a oportunidade. A versão chilena é normalmente mais simples e menos picante que a peruana.
#34 Além do peixe e mariscos, no Chile existem também outros pratos principais tradicionais que não deve perder. Os nossos favoritos foram:
- Chorrillana: Um prato para compartilhar que combina batatas fritas cobertas com pedaços de carne, linguiça, cebola frita e ovos. Muito consumido em bares como petisco. Enche bastante.
- Curanto: Uma tradição da Ilha de Chiloé, é um prato típicamente preparado num buraco no chão com pedras quentes. Combina frutos do mar, carnes (como frango e porco), batatas e vegetais, cozidos lentamente sob folhas aromáticas.
- Empanadas: Um dos alimentos mais comuns em todo o Chile (assim como na Argentina, Paraguai e outros países vizinhos). A versão mais tradicional é a empanada de pino, recheada com carne moída, cebola, ovo cozido, azeitonas e uvas passas. Mas existem mil e uma receitas, e podem ser assadas ou fritas.
- Pastel de Choclo: Um prato muito popular feito com milho moído (choclo), manjericão e recheado com carne moída, frango, ovos cozidos, azeitonas e uvas passas. Uma combinação de sabores doces e salgados que reflete a influência indígena na culinária chilena.
- Lomo a lo Pobre: Um prato substancioso que consiste num bife de vaca acompanhado de batatas fritas, cebola caramelizada e ovos fritos. É uma refeição simples, mas extremamente saborosa.
- Cazuela: Um ensopado reconfortante feito com carne (bovina ou de frango), batata, abóbora, milho e outros vegetais. É ideal para os dias frios, e muito consumido no inverno.
#35 As sobremesas não são exatamente o ponto forte da culinária chilena, mas há algumas opções interessantes que refletem a forte influência da gastronomia europeia no país. São sobretudo pratos que foram levados (e adaptados) pelos imigrantes europeus. Estes foram alguns dos que gostamos no Chile:
- Manjar – a versão chilena do doce de leite, amplamente utilizado em sobremesas, como recheio de bolos, tortas, panquecas e até para barrar no pão. É um ingrediente essencial noutros doces chilenos, como alfajores e chilenitos
- Alfajores – é o doce mais proeminente no Chile e países da região. Geralmente, são feitos com hojarascas (uma massa fina e delicada) e recheados com manjar. Muitas vezes, são cobertos com açúcar ou chocolate.
- Kuchen – Conjunto de bolos de origem alemã muito populares no sul do Chile, devido à influência dos imigrantes germânicos. Geralmente, é feito com uma base amanteigada e recheado com frutas frescas (como framboesas ou maçãs) e creme.
- Leche Asada – Semelhante ao pudim, a leche asada é feita com leite, ovos e açúcar caramelizado. É uma sobremesa caseira simples e muito apreciada no Chile.
- Mote con Huesillos – apesar de ser uma bebida (não alcoólica), pode também ser considerada uma sobremesa líquida devido à sua composição e modo de consumo. É amplamente consumido nas ruas de todo o país, especialmente durante o verão e nas Fiestas Patrias. É feita à base de pêssegos secos reidratados (huesillos), grãos de trigo descascados (Mote) e calda caramelizada.
Moeda e Custos de viajar no Chile
Moeda e pagamentos
#36 Uma das coisas que precisa de saber antes de viajar para o Chile é que a moeda oficial é o Peso Chileno. No final de 2024, a taxa de câmbio USD/Peso Chileno era de aproximadamente 1000. Ou seja, 1 USD vale cerca de 1000 Pesos, o que facilita imenso as contas rápidas a fazer. Basta pegar no preço em pesos, tirar 3 zeros e temos o valor em USD.
A nossa recomendação é que não é necessário trazer pesos consigo. A rede de ATMs é boa e pode levantar dinheiro em qualquer altura. Alguns bancos não cobram taxas de levantamento, mas aqueles que cobram têm custos bastante altos
Por que, então, não é necessário levar pesos? Simples, a maioria das lojas e restaurantes aceita pagamentos com cartões de crédito ou débito. Pode haver algumas mais pequenas ou nos mercados pode ser pedido o pagamento em pesos, mas a verdade é que levantamos pesos nos primeiros dias e durou-nos para toda a viagem (cerca de 30 dias).
Aproveite para realizar o máximo de pagamentos possível com cartão, pois é mais seguro e evita que precise de levantar dinheiro frequentemente ou de andar com grandes quantias em numerário
Custos de Viajar ao Chile
#37 O Chile é um dos países mais caros da América Latina, especialmente para quem vem de norte, do Peru e Bolívia. No entanto, quem vier da Argentina pode ficar agradavelmente surpreendido, pois a subida de preços na argentina tornou o Chile comparativamente mais acessível.
Seja como for, não é muito surpreendente que o país mais moderno, desenvolvido e próspero, tenha um dos custos de viagem mais elevados da região. Vamos analisar isso em mais detalhe.
Como dissemos o Chile não é barato em geral, mas é importante ressalvar que os custos variam bastante consoante a região e o número de turistas. Santiago e Valparaíso são consideravelmente mais acessíveis do que o Atacama e, principalmente, as regiões dos Lagos e da Patagónia. Ainda assim, mesmo as regiões mais caras do Chile não se comparam aos elevados custos da Patagónia argentina.
#38 Excluindo os voos, que variam muito dependendo do ponto de partida, gastámos em média 120 USD por dia enquanto casal, ou seja, cerca de 60 USD por pessoa. No entanto, temos de referir que este valor foi muito empolado por termos alugado uma campervan durante 15 dias, que nos custou em média cerca 100 USD por dia.
Dica
Os 15 dias que passámos de campervan na Patagónia foram, sem dúvida, os nossos favoritos de toda a viagem pela América do Sul!
Dito isto, é importante referir que somos mochileiros e tentamos sempre manter os nossos custos de viagem controlados. Além disso, os custos de viagem dependem também da época do ano e nós viajamos ao Chile em época média. Em época alta seriam bem mais elevado.
#39 Em geral, comer no Chile não é barato, principalmente devido à escassez de opções de comida de rua e mercados. A melhor forma de economizar em comida no Chile é cozinhar nos hostels e aproveitar os menus do dia.
Mas é importante ressalvar que os custos variam bastante consoante a região e o número de turistas. Santiago e Valparaíso são bem menos caros do que Atacama e sobretudo a região dos Lagos. Outra razão que faz os custos de comida serem um pouco mais elevados é que muitos pratos são à base de marisco e bife.
#40 Há alojamentos para todos os gostos e orçamentos, com preços a partir de cerca de 20 euros por noite para um quarto duplo em opções mais económicas. Na nossa opinião, são preços bastante baixos, especialmente quando comparamos com a Europa. Em Portugal, já é difícil encontrar quartos abaixo dos 40 euros, quanto mais na faixa dos 20-30.
Por outro lado, as atrações turísticas são uma elevada fonte de custos pois praticamente todas são pagas e normalmente não são nada baratas, especialmente as mais populares como as torres del Payne e a ilha da Páscoa. Estas acabam por pesar imenso no orçamento de viagem, especialmente para quem viaja durante mais tempo e tem de equacionar bem o que vale ou não a pena.
Por fim os transportes públicos são relativamente acessíveis, e não é algo com que precise de se preocupar muito. Apesar das distâncias, existem imensos voos internos a preços bastante razoáveis. Se comprar atempadamente pode perfeitamente comprar bilhetes entre 20-50 USD. No caso da Ilha de Páscoa, os preços mais baixos que encontramos variavam entre 300 e 400 USD por pessoa.
Deve-se dar gorjeta no Chile?
#41 “As gorjetas no Chile são chamadas de ‘propinas’, uma palavra que pode causar estranheza para os portugueses, pois significa algo diferente em Portugal. Apesar de não serem obrigatórias, são uma prática comum e culturalmente valorizada como forma de agradecer por bons serviços.
De fato, são tão comuns, que muitos restaurantes colocam a propina diretamente na conta. Apesar de aparecer no recibo, o pagamento dessa taxa é opcional e pode ser recusado se o cliente não estiver satisfeito com o atendimento. Na maioria dos casos, os funcionários confirmam se o cliente deseja dar a gorjeta, mas, por vezes, assumem que sim sem perguntar.
O valor da propina é normalmente de 10% do valor da conta, e recomendamos que siga o costume local e dê propina no valor sugerido. Foi o que fizemos durante toda a viagem, já que o serviço foi, na maioria das vezes, excelente.
Como Viajar no Chile
#42 Durante as nossas viagens usamos uma combinação de metro, autocarro, avião e aluguer de viatura. Funcionou sempre bastante bem e permitiu-nos gerir os custos escolhendo um equilíbrio do preço, flexibilidade e tempo de viagem.
Para viagens mais longas, vale mesmo a pena voar (por exemplo de Atacama para Santiago), enquanto que para visitar atrações por vezes é bem mais em conta alugar viatura do que fazer tours. Em San Pedro de Atacama e em Puerto Varas, os tours são tão caros que sai bem mais barato alugar carro e ir visitar as atrações por conta próprias. Mesmo para apenas duas pessoas.
Além disso, uma das coisas que mais apreciamos no Chile foram as viagens de carro, e muito em particular, fazer a Carretera Austral de campervan. Permitiu-nos ir ao nosso ritmo, visitar o que quisemos, o tempo que quisemos e sem grande preocupação de onde ficar a dormir.
#43 Os transportes públicos no Chile funcionam razoavelmente bem, mas a geografia e dimensão do país não facilita muito que utilizemos apenas estes transportes.
Existem várias opções de autocarros de longo curso, e para quase todos os destinos, mas os tempos de viagem podem ser muito longos. Os custos também não são muito altos, especialmente tendo em conta o nível de conforto, distâncias e tempos de viagem.
Existe uma rede de comboios, mas é relativamente pequena e não cobre os destinos que queríamos visitar e por isso não tivemos oportunidade de a usar.
Alugar viatura e conduzir no Chile
#44 O aluguer de carro no Chile não é muito caro, mas depende sobretudo da época do ano. Em época intermédia conseguimos alugar carro por menos de 30-40 Euros por dia, utilizando o site Discover Cars.
Claro que em época alta é normal ser mais caro, mas, mesmo assim, provavelmente valerá a pena, pois os tours no Chile raramente custam menos de 50 Euros por pessoa.
O aluguer de carro é perfeitamente normal e segue o mesmo processo de qualquer outro país. SRecomendamos sempre que tire fotos e faça um vídeo do estado da viatura. Nós não tivemos qualquer problema e os carros eram até bastante recentes.
#45 Conduzir no Chile não é tão problemático como noutros países da América Latina, mas é importante adoptar sempre uma condução defensiva. Os Chilenos são bastante impacientes, especialmente nas grandes cidades.
No entanto, é improvável que precise de carro nas cidades maiores pois é muito mais fácil usar transportes públicos e Uber. Nas zonas rurais existe tão pouco trânsito que não encontrará grandes dificuldades. Resumindo, se está habituado a conduzir fora do seu país, não será no Chile que terá dificuldades.
Por último, temos de notar que a Carretera Austral (e outras zonas menos povoadas) tem longos trechos em terra e cascalho. Apesar de não ser de todo necessário usar uma viatura 4×4, é necessária prudência para não estragar a viatura.
É extremamente divertido, mas tenham atenção e não se coloquem em risco desnecessariamente.
Que souvenirs comprar no Chile?
#46 O Chile é um destino inesquecível, e certamente ficará na sua memória por muito tempo. E quem não gosta de levar alguns souvenirs para reviver as memórias das férias? Ou talvez para desfrutar de alguns dos sabores únicos da viagem…
Felizmente, existem bastantes coisas que pode trazer consigo. Alguns dos nossos favoritos são:
- Lápis-lazúli: O Chile é um dos poucos lugares no mundo onde se encontra esta pedra semipreciosa azul. Pode ser comprada em forma de joias (anéis, colares, brincos) ou objetos decorativos.
- Produtos de lã de alpaca: Cachecóis, casacos, mantas e bonequinhos feitos à mão são típicos, especialmente nas regiões da Patagónia, Araucanía e Atacama.
- Manjar (doce de leite chileno): Diferente do brasileiro e argentino, é mais espesso e usado em várias sobremesas. Pode ser encontrado em supermercados.
- Merkén: Um tempero típico feito de pimentas defumadas e moídas, muito usado na culinária chilena. É delicioso e muito tradicional.
- Vinhos chilenos: Chile é um dos principais produtores de vinhos, especialmente os tintos como Cabernet Sauvignon e Carmenère.
- Produtos de cobre: O Chile é o maior produtor mundial de cobre. Panelas, vasos decorativos e bijuterias feitas desse metal são ótimos souvenirs.
- Alfajores: O doce tradicional que mencionamos anteriormente.
Internet no Chile
#47 O Chile já é um destino desenvolvido e moderno e por isso qualquer alojamento tem WIFI grátis, pelo que esta não é uma grande preocupação. Apenas convém confirmar nos comentários sobre a qualidade do sinal.
Caso queiram usar dados móveis, então deve comprar um cartão de dados local ou um eSim. Nós optamos por comprar um cartão de dados local e é extremamente simples e barato. Basta ir a um qualquer quiosque comprar o cartão, colocá-lo no telemóvel e ativar.
Se tiver dúvidas pode sempre perguntar no quiosque, que normalmente ajudam, mas é extremamente fácil e rápido. Relativamente a marca, foi-nos sugerido que comprássemos Entel pois é a companhia com melhor e maior rede, o que acaba por ser muito relevante num país como o Chile.
Limpeza, poluição e reciclagem
#48 Na nossa opinião, o Chile está ainda numa etapa intermédia em relação à gestão de resíduos e poluição. As zonas rurais, parques e zonas turísticas são bastante limpas, mas algumas áreas urbanas, especialmente mercados, áreas de comida de rua e restaurantes, apresentam alguma sujidade. Santiago e Valparaíso têm áreas mesmo muito sujas!
No entanto, temos de clarificar que é bastante mais limpo do que a maioria dos países latino-americanos que conhecemos. Ainda existe bastante trabalho por fazer e há áreas muito pouco limpas, mas nota-se que está a evoluir.
As áreas naturais e a patagónia em particular são incrivelmente limpas e nota-se um enorme esforço dos parques nacionais para a preservação do ambiente. Como costumamos dizer em tom de brincadeira: “é só para ver não é para tocar”.
Tomadas elétricas
#49 As tomadas elétricas no Chile são do tipo C e L, com 220V de voltagem e frequência de 50 Hz. Apesar do tipo C ser igual ao de Portugal, notámos que muitas vezes as entradas são mais estreitas. O carregador do telemóvel funcionava perfeitamente, mas o do portátil não.
Ou seja, se vier da Europa Continental (Portugal incluído) ou outros países com mesmo tipo de tomadas, pode precisar de adaptador. Assim, sugerimos este adaptador, e se precisar de conversor de frequência sugerimos este.
Confirme igualmente se a voltagem e frequência são diferentes das do seu país. Normalmente os computadores, telemóveis e afins funcionam com qualquer voltagem pois têm conversor, mas eletrodomésticos e secadores de cabelos vão precisar de transformador.
Documentação para entrar no Chile
#50 Cidadãos portugueses (e muitas outras nacionalidades) não precisam de visto para entrar no Chile para estadias de até 90 dias. Embora não tenhámos verificado detalhes, a informação que temos é que cidadãos brasileiros também não precisam de solicitar um visto.
Obviamente estamos a falar de estadias de turismo. Se vai para trabalhar a questão é completamente diferente. É aconselhável ter sempre bilhete de saída do país e comprovativo de meios de subsistência pois estes podem ser pedidos à entrada.
Guia de Viagem Chile
Finalmente, se quiser comprar um guia de viagem, sugerimos este guia da Lonely Planet que tem bastante informação útil. Esta versão é em espanhol, mas é bom, assim já vai treinando!
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