Com um crescimento e desenvolvimento notável, a Coreia do Sul passou de ser um dos país mais pobres do mundo numa das economias mais poderosas e num país com uma cultura vibrante e única que muitos querem visitar.
Conhecida pelo estilo único da K-Pop e dos K-Dramas, a Coreia do Sul apresenta-nos uma cultura única e inigualável. Esta é uma frase dita muitas vezes, mas poucas vezes é tão válida como quando se fala da Coreia. Talvez só mesmo o Japão seja tão estranhamente único, excêntrico, exótico e atraente.
Assim, é perfeitamente natural que a Coreia do Sul se tenha tornado num dos destinos mais populares para se visitar e experimentar coisas novas.
Neste guia vamos ajudá-lo a planear uma inesquecível viagem à Coreia do Sul providenciando dicas de viagem que lhe permitam viajar livremente, sem stress, e tirando o máximo partido do que a Coreia tem para oferecer. E acredite que é bastante.
Assim, e para tornar esta informação fácil de perceber criamos as 50 coisas que precisa de saber antes de viajar à Coreia do Sul, olhando para os melhores destinos, a interação com as pessoas, as melhores formas de viajar, os custos, formas de poupar, e muito mais…
Se também vai visitar a Coreia do Sul, é muito possível que também vá a Jeju. Veja aqui o guia das 50 coisas a saber antes de visitar Jeju.
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Sobre a Coreia do Sul e os coreanos
#1 Com 100,363 km2 (707.8 sq mi), a Coreia do Sul é um país relativamente pequeno em termos de área, especialmente tendo em conta a sua enorme importância e exposição mediática a nível mundial.
O nome oficial do país é República da Coreia.
Jeju e ilhas circundantes fazem também parte da Coreia do Sul, sendo até uma das suas maiores atrações turísticas. Vamos falar mais sobre isso em baixo.
#2 Situada no Estreito da Coreia, a Coreia do Sul tem apenas um vizinho com o qual faz fronteira de terra, a Coreia do Norte. O resto do país está rodeado por mar – a oeste o mar amarelo, a este o mar do Japão e a sul o estreito da Coreia.
Oficialmente a Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão ainda em guerra. A fronteira entre os dois países é extremamente vigiada e tem uma zona desmilitarizada de 250 km de comprimento, e 4 km de largura.
#3 Apesar da reduzida área, a Coreia do Sul é bastante montanhosa e tem vários parques nacionais e zonas de caminhadas muito populares. Curiosamente, o ponto mais alto da Coreia é o vulcão Hallasan com 1,950 metros (6,400 pés) de altitude e fica na ilha de Jeju.
Os locais
#4 A Coreia do Sul tem uma elevadíssima densidade populacional, devido à pequena área e elevada população. No total são quase 24 milhões de pessoas, que habitam sobretudo em grandes cidades.
Com cerca de metade da população a viver na região de Seul, a capital da Coreia é a maior cidade e o coração económico e cultural do país. Outras cidades relevantes são Busan, Incheon e Daegu.
#5 Os Coreanos não são um povo muito religioso. De facto, estima-se que mais de metade da população não tenha religião. Ainda assim, a religião com mais devotos são o cristianismo com 29% e o Budismo com 13%.
#6 A crescente popularidade da Coreia no mundo é conhecida como a Onda Coreana, ou Hallyu. Este fenómeno traduziu-se num aumento enorme do interesse na cultura coreana, nomeadamente através do K-pop e dos K-dramas, e do cinema.
Algumas das mais famosas bandas de K-pop são os BTS, as Blackpink e o Psy, com o seu inigualável Gangnam Style. Na televisão o sucesso também tem sido enorme com séries como Winter Sonana, Squid Game e Crash Landing On You. No cinema temos de destacar o Parasita e o Comboio para Busan.
A onda coreana é reconhecida com uma forma de soft power, e um ativo económico importante para a Coreia gerando enormes rendimentos através de exportações culturais e atração turística.
#7 Uma das coisas mais evidentes na Coreia é o sentido estético e a moda coreana. De facto, a moda coreana vai ganhando seguidores e fans um pouco por todo o mundo.
Tanto homens como mulheres são muito vaidosos e dão muita importância dada ao aspeto e aos cuidados beleza. Por isso mesmo, os produtos de beleza são uma das maiores exportações da Coreia nos últimos anos.
Assim, não é difícil encontrar nas ruas das principais cidades pessoas vestidas com requinte e sofisticação. É também fácil notar como as coreanas são magras, mesmo comparativamente a outras asiáticas.
#8 Um outro traço cultural dos coreanos é que eles adoram tirar fotografias. Sabem todas as técnicas, todos os ângulos, todas as poses, e os melhores spots. Apenas vê-los a tirar fotos é engraçado, e aprende-se umas coisas…
Uma das atividades favoritas dos coreanos (e que se estende para os turistas) é vestir roupas tradicionais e fazer sessões fotográficas em lugares históricos ou simplesmente muito bonitos como os palácios de Seul, a aldeias Hanok, ou Jardins.
Esta é uma atividade diferente e divertida que muitos turistas também abraçam. Por isso, junto dos melhores spots existem diversas lojas para alugar roupas durante algumas horas e fazer sessões fotográficas inesquecível.
Que língua falar na Coreia
#9 A língua oficial da Coreia é o coreano.
Em conjunto com a Coreia do Norte são o único país que fala coreano, pelo que é a maioria dos visitantes não fala além de 2 ou três palavras. Além de não ser parecida com qualquer outra, tem um alfabeto próprio tornando-a uma língua realmente difícil de aprender do zero.
Assim vai precisar de falar inglês ou utilizar um tradutor automático. Qualquer outra língua dificilmente o levará longe. Simpatia e um sorriso por outro lado, ajudarão imenso na interação com os locais.
Existe também o Jejuano, uma língua coreanica (algumas pessoas consideram-na um dialeto) apenas falada na ilha. Isto é apenas uma curiosidade pois ninguém espera que saiba falar Jejuano.
#10 Uma das coisas que mais estranhamos na Coreia foi quão poucas pessoas falam inglês, e mesmo as que falam têm uma pronúncia muito peculiar. Mesmo comparando com outros países asiáticos, o inglês dos coreanos é muito complicado de perceber.
Na realidade o coreano e o inglês (ou qualquer língua europeia) são línguas mesmo muito diferentes. Além da óbvia diferença de alfabetos, também as entoações, os sons e a forma de se exprimir é muito diferente. Por exemplo, os coreanos têm imensa dificuldade em dizer o a letra “f”, substituindo-o muitas vezes por um “p”.
O inverso é igualmente difícil, e mesmo após semanas na Coreia continuamos a ter imensas dificuldades a dizer mais do que “Obrigado” e “Olá”. E mesmo essas… tenho dúvidas que estejam bem ditas! Até nos nomes das cidades por vezes precisamos de mostrar escrito para ter a certeza de que percebem do que estamos a falar!
Assim, uma das coisas principais coisas a saber antes de ir à Coreia é que vai precisar de um tradutor! Se quiser um tradutor físico, nós experimentamos o este FluenTalk.
Pode ver a nossa experiência com o Fluentalk aqui.
Caso contrário sugerimos a app Papago, pois além de traduzir texto, também faz tradução automática de som e de imagem. O google translate tem características semelhantes, mas na nossa experiência o Papago funciona melhor com o Coreano.
#11 Infelizmente a dificuldade de comunicação torna bastante difícil conseguir conversas que ultrapassem o básico entre turistas e locais.
Apesar de algumas exceções, na nossa experiência os coreanos são um povo extremamente simpático e até prestável, mas muito tímido também. Diversas vezes tomaram iniciativa de nos tentar ajudar pois nós parecíamos perdidos, por vezes mesmo falando muito pouco ou nenhum inglês.
Esta forma de ser atenciosa acaba por tornar toda a experiência de viagem ainda mais agradável. Até porque a experiência cultural de lidar com imensas coisas novas e diferentes acabam por ser uma das grandes mais valias de viajar à Coreia do Sul.
O que não fazer na Coreia?
#12 A Coreia é muito diferente do mundo ocidental e apesar da enorme aproximação nos últimos anos, há ainda uma grande diferença cultural, por isso é natural termos em atenção algumas coisas para não ofender ou simplesmente para não nos tornarmos o centro das atenções.
Algumas normas culturais e consequentes faux pas a ter em atenção quando se viaja à Coreia são:
- Não usar calçado no interior. Normalmente são dados chinelos para se usar no interior.
- A Coreia é ainda um país bastante conservador.
- Vestir de forma conservadora, nomeadamente no que diz respeito a mostrar decote e ombros. Minissaias não são um problema, como se vai aperceber logo nos primeiros dias.
- Receber e dar coisas com as duas mãos, quando possível.
- Coreanos têm hábito de fazer vénia ao cumprimentar, pelo que é apreciado quando os estrangeiros adotam este hábito.
Mas o mais importante é ser respeitosos, ter boas maneiras e ser simpático. Os coreanos sabem perfeitamente que não somos locais e não esperam que saibamos tudo sobre a sua cultura.
Clima na Coreia do Sul
#13 O clima na Coreia do Sul é considerado continental com invernos frios, mas solarengos e verões húmidos, quentes e com bastante chuva. Existem quatro estações claras, mas o outono e a primavera são normalmente bastante curtos, apesar de agradáveis.
A ponta sul da Coreia é mais amena que o Norte. Apesar de não ser um país muito a norte, os invernos são bastante mais frios do que expectável devido aos ventos frios de norte que vêm da Sibéria.
O mês mais frio do ano é Janeiro, quando as temperaturas médias mínimas em Seul são -6ºC e as máximas apenas 2ºC. Agosto é o mês mais quente com mínimas de 22ºC e máximas de quase 30ºC. Julho e Agosto são claramente os meses mais chuvosos, enquanto os menos são Dezembro e Janeiro.
É importante notar que Coreia do Sul recebe alguns tufões. A época destes é entre Julho e o início de Outubro, com a época alta a ser no início de Setembro.
Quando viajar à Coreia do Sul?
#14 Dado que os Invernos são realmente frios, e os verões muito chuvosos, na nossa opinião o tempo ideal para ir à República da Coreia é na Primavera e no Outono, especialmente em Maio e Outubro.
Além do clima ideal, a primavera é também época das cerejeiras em flor (Abril sobretudo) e o Outono é época da folhagem de outono.
Se quiser fazer praia deverá visitar a Coreia do Sul entre Julho e Setembro, pois é quando as temperaturas da água do mar estão mais agradáveis. No Sul (especialmente em Jeju) o mar é mais quente que no Norte.
Apesar de ser o tempo das chuvas, a época alta do turismo na Coreia do Sul é entre Junho e Agosto, tanto para estrangeiros como locais. Nesta altura, espere também preços um pouco mais elevados, particularmente nos voos e hotéis.
Assim, a Coreia é um destino ideal para quem gosta (e pode) de viajar fora do Verão, pois a primavera e o outono trazem o tempo ideal para viajar.
É seguro viajar na Coreia do Sul?
#15 Num palavra, SIM! Em várias… deve haver poucos países mais seguros para viajar do que a Coreia do Sul. Nunca em nenhuma situação nos sentimos minimamente em perigo, em qualquer das cidades e zonas rurais que visitamos, seja de dia ou de noite.
Não estamos a dizer que não existe crime na Coreia, claro que existe, mas o nível de criminalidade é muito baixo e de criminalidade violenta ainda mais. Assim, será preciso ter bastante azar ou falta de cuidado para lhe acontecer algo.
Como sempre, sugerimos que tenha alguma atenção nos mercados e lugares de maior aglomeração de pessoas, mas mesmo nessas situações nunca presenciamos nada que fosse problemático.
Se quiser mais informações, normalmente usamos este site para verificar os níveis de segurança dos países que visitamos. Alternativamente pode verificar a informação atualizada pelo governo português.
Relação com a Coreia do Norte
#16 Apesar do que acabamos de referir acerca da segurança interna, a Coreia do Sul é um país em guerra.
Tecnicamente as duas Coreias ainda estão em guerra, apesar do conflito estar suspenso. Ainda assim, as tensões entre os dois países têm aumentado e a Coreia do Norte está constantemente a provocar a Coreia do Sul.
Desde 1953 que foi estabelecida uma zona desmilitarizada e a Coreia foi separada em Coreia do Norte e Coreia do Sul. Atualmente, a diferença de desenvolvimento e liberdade entre os dois países é brutal pois a Coreia do Norte (Comunista) é um dos países mais pobres do mundo.
A fronteira é altamente controlada, e a Coreia do Norte não permite que os seus cidadãos fujam para o sul. Por sua vez, a Coreia do Sul recebe todos os cidadãos do norte como seus.
Não vamos aprofundar o tema da Coreia do Norte neste artigo, mas se gostar de história e tiver curiosidade de conhecer mais sobre esta questão recomendamos que faça um tour à zona desmilitarizada, onde um guia lhe irá explicar a história da guerra, da DMZ e muitas curiosidades sobre o tema. Nós fizemos, e gostamos bastante.
Interessado num tour à zona desmilitarizada? Experimente este tour do Get Your Guide.
História com Japão
#17 Além da questão da divisão das Coreia, a violenta história entre Japão e Coreia é também crucial para a cultura, identidade e sociedade Coreana.
Entre final do século XIX e a segunda guerra mundial, o Japão invadiu e colonizou a República da Coreia, colocando fim à dinastia Joseon em 1910 através do tratado de anexação.
Isto deu origem a diversas formas de opressão violentas, incluindo a repressão da identidade cultural e língua coreanas, exploração económica, trabalhos forçados e as “mulheres de conforto”.
Apesar das relações entre os países estar normalizadas, o Japão nunca pediu desculpa pelos seus atos e esta é uma questão muito sensível para os Coreanos.
Viajar na Coreia do Sul
Turistas em Coreia
#18 A onda coreana tem vindo a aumentar a popularidade do país no mundo, primeiro no resto da Ásia mas rapidamente se espalhou para mundo ocidental como referimos em cima.
Esta popularidade trouxe também imensas oportunidade económicas e de turismo, e por isso o número de visitantes à Coreia aumentou substancialmente, até à pandemia. Sendo que entre 2020 e 2022 os valores foram muito, muito baixos pois o país esteve quase fechado. Em 2019, a Coreia teve o seu record de turistas, com cerca de 17.5 Milhões.
Naturalmente a maioria dos turistas na Coreia são asiáticos (mais de 60%) e vêm sobretudo da China, Japão, Taiwan, etc. Os americanos são cerca de 20% e os europeus apenas 12%.
Quando visitamos em 2023, o número de turistas já estava a aumentar novamente, mas raramente sentimos os lugares com demasiada gente. De facto, víamos muitos mais coreanos que estrangeiros em praticamente todos os destinos que fomos, o que é sempre agradável.
UNESCO
#19 A Coreia tem 16 locais património mundial da UNESCO, dos quais 14 são culturais e 2 são património natural, estando espalhados um pouco por todo o país.
A ilha de Jeju é um dos locais listados como património natural, e apresenta paisagens vulcânicas incríveis. Pode ver a lista completa no site da UNESCO, que além de incluir os locais também refere as Biosphera e o património cultural e intangível.
Principais Atrações da Coreia
#20 Além de ser a capital e maior cidade, Seul é também o principal destino turístico na Coreia. É a cidade por onde quase todos chegam à Coreia, e onde a maioria das pessoas passa mais tempo.
Seul é uma cidade enorme, a sua zona metropolitana tem cerca de 25 Milhões de habitantes. Como coração económico e cultural do país tem também muito para oferecer para quase todo o tipo de turistas. Esta é uma cidade que nós adoramos, e em que nos sentimos em casa, apesar de tudo ser muito diferente do nosso mundo.
Seul é muito mais do que as principais atrações, mas estas também são muito daquilo que as pessoas procuram na Coreia. Alguns dos lugares a não perder em Seul incluem:
- Os cinco palácios imperiais de Seul – Cada um tem as suas peculiaridades, mas a menos que adore história e este tipo de arquitetura, basta visitar 2 ou 3. Caso contrário, pode tornar-se demasiado cansativo. O palácio de Gyeongbokgung é o maior, mais importante e o mais visitado.
- Santuário de Jongmyo – mais velho e mais autêntico dos santuários reais confucianos em Seul.
- Aldeia Hanok de Bukchon – Bairro tradicional de Seul, constituído sobretudo por casas feitas ao estilo tradicional da Coreia.
- Torre N Seoul – Na realidade não precisa de subir à torre, a vista dos Jardins é espetacular suficiente.
- Lotte Tower – um dos mais altos edifícios do mundo. Tem um parque de diversões lá dentro.
- Meyeongdong – Rua turística mais popular de Seul. Está cheia de comida de rua e lojas para comprar tudo e mais alguma coisa, incluindo os famosos cosméticos coreanos.
- Insadong – Rua popular para compras e artes.
- Hondae – Rua/bairro muito popular entre jovens coreanos e com uma cultura muito própria. Tem também alguma comida de rua.
- Vários mercados locais como Gwangjang e Namdaemun – Têm também imensa comida de rua, ou comida rápida tradicional.
- Zona ribeirinha, os vários parques junto ao rio Han – uma das nossas coisas atividades favoritas é andar de bicicleta ao longo do rio. Existem imensos caminhos e o aluguer das bicicletas é bastante barato.
Se vai visitar Seul de inverno, veja o nosso artigo dedicado a isso.
#21 Além de tudo o que a cidade tem para oferecer, Seul tem também imensas atrações turísticas nas proximidades pelo que existem muitas coisas que pode fazer a partir de Seul, seja de transportes públicos, seja com tours ou carro próprios.
Alguns dos tours e day trips mais populares incluem:
- Visita à DMZ – uma atividade a não perder para quem gosta de história e quer saber mais sobre a Coreia. Aconselhamos que faça num tour.
- Fortaleza de Hwaseong em Suwon – Dá para fazer em tour organizado ou independentemente. Incluída como património da UNESCO, é a maior fortaleza da Coreia, com muralhas que se estendem por 6 km.
- Nami Island – Conhecida pela sua beleza, ilha muito popular entre fans de K-Drama pois lá foram filmadas várias novelas.
- Everland – é o maior parque de diversões da Coreia e fica nos arredores de Seul.
- Parque Nacional Bhukansan – único parque nacional dentro da zona metropolitana de Seul. Muito popular para caminhadas.
#22 Busan é a maior cidade do sul da Coreia e sem dúvida um destino a incluir em qualquer itinerário pela Coreia, pois é um destino com ambiente mais relaxado e menos frenético do que Seul.
Busan é famosa pelas suas praias, nomeadamente Praia de Haeundae e a Praia de Gwangalli, mas note que a forma dos coreanos fazer praia é bem diferente da nossa, pois estes não apreciam ficar a apanhar sol. Pelo contrário evitam-no. Também são bastante mais conservadores (especialmente as mulheres) no que diz respeito à roupa de praia.
Além das praias, Busan tem também várias atrações históricas e culturais como o Templo Beomeosa, a aldeia cultural Gamcheon, o mercado de peixe de Jagalchi e a Praça BIFF.
#23 Muito perto de Busan temos também a cidade de Gyeongju, famosa por ser a capital histórica do Reino Silla, durante cerca de 1000 anos.
Gyeongju é muitas vezes chamada de “museu sem paredes” devido a todo o seu património cultural e histórico. Lá encontrará muitos locais históricos e religiosos com destaque para:
- Parque histórico de Gyongju e as tumbas dos reis Silla.
- Aldeia tradicional Gyonchon
- Palácio Dongung e lago Wolji
- Templo Budista de Bulguksa
- Templo de Seokguram e a sua estátua de Buda.
#24 A ilha de Jeju é outro dos principais destinos na Coreia, muito popular tanto entre coreanos como outros asiáticos. Jeju é uma ilha vulcânica e está repleta de pontos de interesse e atrações turísticas como:
- Vulcão Hallasan – o principal ponto de interesse da ilha para viajantes aventureiros, caminhantes e amantes de montanhas. A subida ao ponto mais alto da Coreia é sem dúvida uma aventura para não esquecer.
- Udo – pequena ilha ao largo de Jeju, é espetacular para andar de bicicleta e apresenta vistas fabulosas
- Seongsan Ilchulbong – Caldeira vulcânica que se eleva 180 metros acima do nível do mar. Existem passadiços que nos permitem ir até ao topo e desfrutar da paisagem.
- Haenyeo – Mulheres mergulhadoras de Jeju conhecidas pela sua capacidade incrível de mergulho livre.
- Manjanggul – grutas de lava com mais de 7 km de comprimento. É possível visitar uma parte deles.
- Cascatas – Jeju tem diversas cascatas na zona sul que valem a pena visitar incluindo: Jeongbang, Cheonjiyeon e Cheonjeyeon
Se estiver a pensar visitar Jeju, veja o nosso artigo dedicado a tudo o que precisa de saber antes de ir a Jeju.
#25 A região de Jeolla é menos conhecida internacionalmente, mas bastante popular entre coreanos devido às belas paisagens e à excelente comida. É também nesta região que se produz o melhor chá verde da Coreia.
Além do excelente chá propriamente dito também os campos onde são produzidos, o Boseong Green Tea Field Daehan Dawon, são lindíssimos e uma excelente atração.
Em Suncheon uma das principais cidades desta região pode encontrar o Suncheon Bay National Garden, um local que combina beleza natural, preservação ambiental e atividades culturais, proporcionando uma experiência única aos visitantes. É quase que um parque temático acerca da natureza e ambiente.
Por fim a aldeia cultural Nagan Eupseong também vale a pena a visita, para se aprender mais sobre como era a Coreia do antigamente. Apesar de ser quase puramente turística, é também muito bonita e cheia de pontos de interesse.
#26 Jeonju foi um dos nossos destinos favoritos na Coreia do Sul, e na nossa opinião tem o mais bonito centro histórico do país. Lá é possível explorar uma cidade com uma rica herança histórica vendo ao vivo a cultura tradicional coreana e sua a culinária.
A aldeia Hanok tradicional é a área que preserva a arquitetura tradicional coreana com casas Hanok bem preservadas. Este é considerada o maior aglomerado de casas Hanok em toda a Coreia e o seu excelente estado de conservação torna-a uma atração irresistível.
Se quiser experimentar como era morar numa destas casas, aqui existem bastante transformadas em alojamento enquanto outras são museus ou galerias. Outra atividade muito popular, é alugar ou comprar hanboks e usar para explorar o centro e os principais monumentos.
Jeonju também é conhecida pela sua excelente comida, nomeadamente o Bibimbap. Na aldeia tradicional existe também imensa comida de rua para se experimentar.
#27 Uma das experiências a não perder na Coreia do Sul é experimentar os banhos tradicionais, os Jjimjilbang, também conhecidos como Saunas coreanas.
Os Jjimjilbang são locais de relaxamento, onde os coreanos vão para se lavar e relaxar. Normalmente têm uma parte segregada por sexo, onde temos as piscinas quentes e onde se anda completamente despido. Antes de entrar nestas piscinas é obrigatório tomar banho.
Existem também uma outra secção onde se anda vestido, com roupa fornecida pelo SPA onde temos as saunas secas, cadeiras de massagens, massagens manuais, restaurante, entre muitas outras coisas.
Os Jjimjilbang são uma parte fundamental da cultura coreana, e uma experiência inesquecível para os turistas. Além do mais, são bem relaxantes e libertadores. Nós adoramos e recomendamos vivamente.
#28 Os Coreanos adoram fazer caminhadas e explorar a natureza e os seus Parques nacionais.
Apesar da maioria dos turistas esquecer esta faceta da Coreia do Sul, é uma das nossas favoritas pois adoramos fazer caminhadas ao ar livre e em parques nacionais.
Alguns dos lugares mais populares são:
- Parque Nacional Seoraksan na região Gangwon-do – conhecido pelas suas montanhas majestosas, formações rochosas impressionantes, florestas exuberantes e uma atmosfera tranquila
- Parque Nacional Bukhansan em Seul – oferece trilhas desafiadoras, vistas panorâmicas da cidade e templos históricos
- Parque Nacional Hallasan em Jeju – abriga a montanha Hallasan, uma cratera vulcânica e uma diversidade única de flora e fauna. É o ponto mais alto do país e talvez a caminhada mais famosa.
O que Comer em Coreia do Sul
#29 A Coreia do Sul é um destino para foodies. A comida é deliciosa, barata e sobretudo diferente do que estamos habituados, incluindo imensos pratos com ingredientes fermentados, ácidos e picantes.
Uma das caraterísticas fundamentais da cozinha coreana é um uso do picante, pelo que prepare-se pois imensos pratos são muito picantes. Por vezes mesmo pedido pouco ou nenhum picante, os pratos ficavam no nosso limite.
Considerado a base da comida coreana, o Kimchi é picante e ácido, mas é mais que isso. Geralmente feito com vegetais fermentados (repolho rabanetes), é temperado com pimenta, alho, gengibre e outros condimentos. No final, temos um sabor extremamente complexo e singular, mas que nem todos apreciam.
Outro sabor fundamental da Coreia do Sul é o doce. Imensos pratos e molhos levam bastante açúcar e isso nota-se no sabor final. Para quem gosta de comida adocicada, existem imensas opções na Coreia. Por outro lado, a comida leva muito pouco ou nenhum sal e muitas para atingir o sabor salgado é usado molho de soja, de peixe ou de ostra.
Tal como em praticamente todos os países da Ásia, uma das experiências a não perder na Coreia do Sul é ir aos seus mercados de rua e experimentar a comida. Alguma da melhor comida da Coreia pode ser saboreada nas ruas e mercados das cidades.
#30 Alguns dos nossos pratos favoritos na Coreia do Sul e que vocês têm de experimentar incluem:
- Bibimbap – arroz coberto com legumes variados (depende da estação), carne de vaca, ovo e gochujang (pasta de pimenta vermelha). Existem imensas variações, mas é delicioso. Nós adoramos com bulgogi.
- Bulgogi – carne marinada numa mistura de molho de soja, açúcar, óleo de sésamo, alho e pimenta, e depois grelhada
- Tteokbokki – uma das comidas de rua mais típicas da Coreia feita com massa de arroz e bolinhos de peixe envoltos num molho saboroso. Atenção que é muito picante.
- Gimbap – arroz e outros ingredientes enrolados em algas. Pode conter legumes, carne, ovos e, às vezes, kimchi. Faz lembrar os maki Sushi do Japão.
- Kimchi Jjigae – uma espécie de sopa ou estufado feito com kimchi fervido com carne, tofu, legumes e noodles.
- Dakgalbi – pedaços de frango marinados em um molho picante à base de gochujang (pasta de pimenta vermelha), que são grelhados com legumes como repolho, batata-doce, cebola e outros vegetais. Pode ser acompanhado com queijo, o que torna tudo ainda melhor.
- Chimaek – Frango grelhado Coreano acompanhado com cerveja.
Além dos acima, temos também de destacar o barbecue coreano pois é uma experiência social e interativa que normalmente implica cozinhar a carne grelhadores embutidos na mesa para que se possa grelhar a carne na hora. Normalmente vem com imensos pequenos acompanhamentos.
As carnes usadas variam imenso, podendo ser porco, vaca ou frango e ser marinadas das mais diferentes maneiras incluindo as já referidas galbi ou bulgogi.
Para comer deve: montar seu próprio “embrulho” usando folhas de alface ou perilla, arroz, carne grelhada e condimentos. Toda a experiência de ir ao barbecue Coreano é curiosa e é sem dúvida uma das prioridades para quem gostar de imergir na cultura local e de experimentar comidas novas.
#31 Na Coreia existem também imensos pratos doces e sobremesas típicas para provar. De facto, além das mais tradicionais coreanas, das que são partilhadas com países vizinhos, os coreanos gostam também imenso de doces e pasteis europeus e sobretudo franceses. Assim, sugerimos que experimente:
- Hotteok – Panquecas de farinha de arroz, recheadas com uma mistura de açúcar mascavado, mel, frutos secos e canela. São geralmente grelhadas até ficarem douradas e crocantes.
- Yakgwa – Bolachas de mel e gengibre. Têm um sabor único, mas muito bom.
- Bingsu – sobremesa feita com gelo raspado, leite condensado, xarope de vários sabores, e diversos toppings como fruta, feijão e chá verde.
- Bungeoppang – um pastel com forma de doce e recheado com pasta de feijão.
- Dalgona – o famoso doce da série Squid Games, feito com açúcar caramelizado e bicarbonato de sódio.
- Kkwabaegi – são basicamente farturas. Farturas muito boas, mas farturas…
- Songpyeon – bolos de arroz
#32 As lojas de conveniência são outra experiência a não perder na Coreia do Sul. Em primeiro lugar porque oferecem a possibilidade de comer de forma rápida e barata, mas também por que vendem um conjunto de coisas que não se encontra em Portugal como Kimbap (trinangulos de arroz) ou snacks locais.
As lojas de conveniência mais usuais são a 7-11, a CU, e GS25. Todas acabam por oferecer coisas semelhantes e são um bom local para comprar um café, noodles, pasteis e até saladas. Muitas vezes compramos lá os pequenos-almoços, ou jantares quando não queríamos voltar a sair.
Além das lojas de conveniência, temos de referir as Paris Baquette, que é uma rede de pastelarias muito famosa na Coreia e que vende doces e pães espetaculares. Grande parte são de origem europeia e sobretudo francesa, mas é tudo muito, muito bom. Vende também saladas muito completas e deliciosas. Nós acabamos por ir às Paris Baguette quase todos os dias.
Finalmente os cafés da Coreia do Sul. Existem milhares de cafés na Coreia, mas são completamente diferentes dos nossos. Com as devidas exceções, não são locais para tomar o pequeno-almoço. De facto, a maioria até abre relativamente tarde, 11h00 12h00 e são locais para se estar ou para tomar café e comer sobremesa.
Existem cafés para todo o tipo de gosto, e com todos os temas imaginários, a visita aos cafés é uma experiência em si mesmo, e servem cafés (e chá) bastante criativos, mas a maioria dos casos não muito a nosso gosto.
Moeda e Custos de viajar a Republica da Coreia
Moeda e pagamentos
#33 Uma das coisas que precisa de saber antes de viajar à República da Coreia é que a moeda oficial é o won sul-coreano. Em 2023, o câmbio USD Won é de 1300-1350 Won por um dólar.
A nossa sugestão passa por não trazer wons consigo. A rede de ATMs é boa e pode levantar dinheiro em qualquer altura. Na nossa experiência os custos de levantamento são aceitáveis, e praticamente sempre menores do que cambiar antes de chegar à Coreia.
A maioria dos lojas e restaurantes aceitam pagamentos com cartões (crédito, Débito ou T-Money), no entanto algumas mais pequenas ou para movimentos de reduzido valor pode ser pedido pagamento em dinheiro.
Aproveite para fazer o máximo de pagamentos possíveis com cartão pois é mais seguro e evita levantar dinheiro muitas vezes/andar com muito dinheiro.
O que é o T-money
#34 O T-Money é o cartão de transportes públicos da Coreia, uma carteira digital, e o seu melhor amigo se quiser viajar na Coreia usando transportes públicos.
Uma das primeiras coisas a fazer quando chegar à Coreia do Sul é comprar o T-Money (deve custar entre 3000-5000 won dependendo do design). Este cartão permite usar qualquer transporte urbano (metro, autocarro e até a maioria dos táxis) e em qualquer cidade da Coreia do Sul, incluindo Jeju.
Para carregar o T-Money basta ir a uma loja de conveniência (7-11, GS25 ou qualquer outra) e pedir para carregar. Nas estações de metro também existem máquinas para carregar. O carregamento tem que ser feito em dinheiro.
Para utilizar, apenas tem que passar o cartão à entrada e à saída do transporte. É fundamental validar o cartão na entrada e na saída, pois o sistema de transportes permite efetuar transferências grátis entre linhas e até meios de transporte.
Também é possível efetuar outro tipo de pagamentos com o T-Money, mas isso acaba por ser mais útil para os locais que para os turistas, pois os carregamentos do T-Money têm de ser feitos em dinheiro.
Custos de Viajar à Coreia
#35 Tendo em consideração que a Coreia do Sul é um país desenvolvido, moderno e rico, viajar na Coreia é surpreendentemente barato, especialmente quando comparado com a Europa, Estados Unidos ou Austrália.
Deixando de fora os voos para a Coreia, pois dependem imenso de onde partimos, gastamos em média 100 Euros por dia, viajando como casal, o que dá uma média de 50 Euros por pessoa. Atualmente consideramos este é valor bastante baixo, tornando a Coreia um destino super barato e com muito para oferecer.
Comparando com viagens recentes, é ligeiramente maior do que o que gastamos México, semelhante ao que gastamos no Japão (ainda mais surpreendente), e mais caro do que Taiwan e Vietname que são destinos realmente baratos!
É importante notar somos mochileiros e tentamos sempre manter os nossos custos de viagem bastante controlados e que os custos de viagem dependem também da época do ano e muito do tipo de viajante que é. Se ficar em hotéis, fizer muitos tours, compras e for aos parques de diversão, estes valores vão aumentar exponencialmente.
#36 Na Coreia a alimentação é bastante barata, sendo possível duas pessoas comer por 15-20 Euros. Um pouco mais se for comida não coreana, ou mariscos e carne. Nós gostamos de experimentar todas as especialidades locais e por isso comemos praticamente comida local em restaurantes locais. Por outro lado, gostamos bastante de comida de rua e de mercado, o que reduz ainda mais os custos.
Nos alojamentos existem opções para todos os gostos e custos, começando em cerca de 20-30 Euros por noite em quartos duplos em hostels baratos. Em Seul e Jeju será um pouco mais caro, começando no 30-40 Euros, dependendo também muito da época.
Se decidir viajar de transportes públicos, os custos de transporte são perfeitamente aceitáveis. Um bilhete de metro em Seul custa cerca de um Euro. Noutras cidades o custo é ainda menor, e tanto os autocarros como comboios têm preços acessíveis e funcionam extraordinariamente bem. Se estiver a pensar ir a Jeju note que os voos são muito económicos, tanto a partir Seul como Busan pois existem várias low-cost a fazer o serviço.
As atrações turísticas é outra fonte de custos que por vezes pesa imenso no orçamento de viagem, mas na Coreia grande parte das atrações são grátis ou extremamente baratas (1-3 Euros). Os palácios de Seul são incrivelmente baratos, e todas as atrações naturais também raramente têm um custo que ultrapasse 2-3 Euros.
Mesmo os Jjimjilbang são bastante baratos, e raramente custam mais de 20 Euros, por 4-6 horas.
Deve-se dar gorjeta na Coreia?
#37 Não são esperadas gorjetas em toda a Coreia. De facto, não sentimos necessidade de dar qualquer tipo de gorjeta, nem vimos ninguém a dar, sejam estrangeiros ou Coreanos, seja em restaurantes ou em qualquer outro tipo de situação.
Mesmo nos tours que fizemos nunca foi pedido ou indicado que seria esperado ou “normal”. Pode haver exceções, mas não as experienciamos, e claro que se quiser recompensar um serviço espetacular pode sempre fazê-lo.
Como Viajar na Coreia do Sul
#38 Uma das coisas que mais gostamos ao viajar na Coreia é ser tão simples e tão fácil fazê-lo de transportes públicos, seja nas cidades grandes, pequenas, e até em Jeju ou em zonas mais rurais.
Durante as nossas viagens usamos um misto de comboio, autocarro, avião (para Jeju) e até barco (para Udo) e sempre funcionou extraordinariamente bem. Além disso, os custos desta opção não são elevados, especialmente se compararmos com o vizinho Japão, ou qualquer outro país com nível de desenvolvimento semelhante.
Se estiver a pensar ir a Jeju, a melhor opção é sem dúvida viajar de Avião, pois é mais rápido e mais barato do que o ferry. Além disso, existem imensos voos diários, a partir de Seul e Busan e se quiser um itinerário mais completo, pode sempre voar de Seul para Jeju e depois ao voltar, ir diretamente para Busan.
No nosso artigo sobre Jeju, explicamos mais detalhadamente tudo o que precisa de saber para viajar a Jeju.
Alugar carro na Coreia do Sul
#39 Naturalmente viajar de carro traz outra rapidez e flexibilidade, especialmente se quiser fazer muitas caminhadas ou ir a lugares muito pouco visitados. Mas para a grande maioria dos visitantes não precisará de carro, apesar da maior flexibilidade e poder visitar mais rapidamente mais atrações. Além de ser mais fácil para gerir a logística quando se viaja com grupos grandes e famílias.
No entanto, tem também algumas desvantagens. Para alugar carro na Coreia temos que ter uma carta de condução internacional, pelo que não se esqueça de tirar a carta internacional antes de viajar. Andar de carro em Seul e Busan pode ser extremamente complicado, demorado e até custoso. Existe imenso trânsito e muito poucos lugares para estacionar, mesmo à noite.
Pelo que analisamos os custos de alugar carro não são muito baratos, mas se for um grupo pode compensar. Pelo que vimos custa cerca de 400 a 500 Euros por semana para um carro, mais custos com seguro. Em época alta poderá ser bastante mais.
#40 Optamos por não alugar carro, pois queríamos uma viagem completamente relaxada, sem preocupações com condução, estacionamentos ou rent-a-car. Se há coisa que não gostamos é lidar com rent-a-cars.
Assim, não podemos dar muitas dicas no que diz respeito ao aluguer da viatura nem à condução, mas pelo que vimos se está habituado a conduzir em diferente país não deverá ter grandes problemas. Como referimos, Seul e Busan poderão ser problemáticas e recomendamos vivamente que não alugue carro enquanto lá estiver pois são cidade grandes com bastante trânsito.
As estradas são bastante boas, pelo que fora das grandes cidades deverá ser bastante pacifico e simples. Por outro lado, os coreanos são um pouco nervosos e ansiosos a conduzir, mesmo os condutores de autocarros por exemplo.
Transportes públicos
#41 Tal como dissemos, viajar de carro dá flexibilidade e pode ser mais rápido, mas na Coreia pode-se viajar a praticamente qualquer atração de autocarro ou comboio/metro. Pelo menos nós fomos a todos os lugares que queríamos e sem qualquer problema. E é muito fácil!
O segredo para se navegar o sistema de transportes da Coreia é a app Naver maps. Esta app funciona excelentemente e em tempo real dá-nos todas as opções de transportes entre os destinos que queremos, incluindo opções com mais ou menos transbordo, caminhadas, etc.
A nossa dica número um para usar transportes públicos a Naver Maps, e “perder algum tempo” a perceber bem como funciona, e as suas funcionalidades pois tem lá toda a informação.
#42 A segunda dica fundamental é comprar e carregar o cartão T-Money que falamos em cima. Munido destes dois instrumentos é só escolher o destino, aguardar o autocarro, passar o cartão ao entrar e sair e este retira o valor do bilhete do saldo e está feito.
Dica: Se precisar de fazer transbordo nos próximos 30 minutos não pagará pelo segundo bilhete.
É incrivelmente simples e funcional, e o facto do T-Money funcionar em todos os transportes públicos da Coreia torna tudo tão fácil para o viajante que nos leva a perguntar porque não é assim em todos os países.
As viagens de autocarro urbanos têm preços diversos consoante o tipo de autocarro, e as distâncias, mas raramente custam muito mais do que 1 Euros. Os preços normalmente vêm indicados no Naver Maps, mas não sempre.
#43 Para viagens mais longas, o Naver maps continua a dar boas opções, mas terá de reservar lugares tanto nos comboios como nos autocarros. A compra de bilhetes normalmente é feita nas estações e não tivemos problemas com estarem cheios, mas também não é época alta.
Na nossa experiência os autocarros são ligeiramente mais económicos que os comboios, mas a diferença não é grande e depende muito da viagem. Seja como for, nunca é muito caro. Além do mais, a rede de comboios da Coreia funciona muito bem, e tem até o seu próprio comboio bala, o KTX.
Apenas viajamos uma vez no KTX, mas foi muito simples e confortável. O preço também surpreendentemente baixo, especialmente quando comparado com os custos do Shinkansen no Japão que são… pornográficos!
Outras dicas de Viagem Coreia do Sul
Souvenirs de Coreia do Sul
#44 A Coreia é um destino ímpar e do qual vai querer trazer lembranças, memórias e souvenirs. Felizmente existem imensas coisas para trazer da Coreia e provavelmente o seu maior problema é arranjar espaço e peso na mala para trazer tudo!
Algumas das nossas sugestões são:
- Produtos de Beleza – Os produtos de beleza coreano são extremamente populares e famosos em todo o mundo. A loja mais popular é a Olive Young, e existem centenas destas lojas espalhadas pelo país.
- Ginseng vermelho – um dos produtos mais típicos da Coreia do Sul. Usado em algumas receitas e os Coreanos creem nos seus poderes medicinais.
- Hanbok – traje tradicional coreano. Pode ser uma ótima lembrança, seja uma miniatura para decoração ou uma versão completa.
- Meias Coreanas – Coreanos adoram peúgas, e têm as mais divertidas, coloridas que podem imaginar. Pode parecer um presente estranho à partida, mas é muito típico.
- Snacks Coreanos – Snacks coreanos são deliciosos e conhecidos um pouco por todo o lado.
- Kits de ingredientes para pratos típicos Coreanos
- Kimchi – o mais famoso dos ingredientes ou pratos coreanos.
- Artesanato e produtos típicos locais – existem um pouco por todo o lado. É só estar atento e quando se vir algo que goste, comprar. Em Insadong existem imensas lojas que vendem as mais diversas coisas.
Internet na Coreia do Sul
#45 Em geral a Coreia do Sul é conhecida por ter das ligações à Internet mais rápidas do mundo, pelo que não são de esperar grandes problemas em obter Internet.
Tal como em qualquer país desenvolvido, é de esperar que qualquer alojamento tenha WIFI grátis, pelo que esta não deve ser uma grande preocupação. Apenas convém confirmar nos comentários sobre a qualidade do sinal.
Caso queiram usar dados móveis, então terá de comprar um cartão de dados local ou um eSim. No entanto temos de notar que os cartões de dados da Coreia do Sul são um dos mais caros do mundo, pelo que a compra de um eSim, é uma boa opção.
Por isso mesmo, acabamos por usar um cartão e-sim pois funcionou bastante bem connosco. Podem comprar aqui. Se decidir comprar um cartão de dados na Coreia, os preços podem ir até aos 50 Euros. A boa noticia é que os plafonds são ilimitados ou quase.
Limpeza, poluição e reciclagem
# 46 A questão da limpeza e do lixo na Coreia é um pouco complexa. Se por um lado as zonas mais rurais, os parques e zonas turísticas são bastante limpas, algumas zonas das cidades e em particular as zonas dos mercados, comida de rua e restaurantes são bastante sujas.
Ou seja, a Coreia é muito mais limpa do que a maioria dos países asiáticos (com exceção do Japão claro), ainda existe bastante trabalho por fazer e há áreas muito pouco limpas.
Uma nota muito curiosa é a quase ausência de caixotes do lixo na rua, mesmo nas cidades. É muito difícil encontrar caixotes de lixo ou de reciclagem, o que acaba por ser chato para quem viaja porque acabamos por comprar muitas coisas de uso único e com plásticos.
É por isso fundamental ter sempre um saco para guardar o lixo até encontrarmos um caixote ou ponto de reciclagem.
#47 Relativamente à reciclagem, temos o mesmo problema dos caixotes do lixo. São bastante difíceis de encontrar, e quando se encontra é um pouco complicado perceber o que é suposto ir em cada caixote. Aparentemente difere, pois nunca chegamos a uma conclusão definitiva do que é suposto fazer.
A nossa solução acabou por ser espreitar os caixotes e tentar colocar o nosso lixo onde havia lixo semelhante.
Uma situação onde gostávamos que houvesse uma mudança na Coreia do Sul na utilização de plásticos e produtos de um só uso. Existem ainda imenso uso de plástico desnecessário e sobretudo uso de copos, talheres e outros produtos descartáveis. Muitas vezes queremos evitar e não conseguimos pois não havia outra opção.
Atenção, existe um mundo de diferença para o sudeste asiático e até para o México, mas muito ainda pode ser feito.
Tomadas elétricas
#48 As tomadas elétricas na Coreia do Sul são do tipo C (Europlug) e F, com 220V de voltagem e frequência de 60 Hz.
Ou seja, se vier da Europa Continental (Portugal incluído) ou outros países com mesmo tipo de tomadas não precisa de adaptador. Note, no entanto, que a voltagem e frequência são diferentes. Isto significa que computadores, telemóveis e afins funcionam normalmente, mas eletrodomésticos, secadores de cabelos vão precisar de transformador.
Se vier de países com outro tipo de tomadas sugerimos este adaptador, e se precisar de conversor de frequência sugerimos este.
Documentação para entrar na Coreia do Sul
#49 Portugueses, Brasileiros (e muitas outras nacionalidades) não precisam de visto para entrar na Coreia do Sul, mas precisam de pedir o K-ETA, ou seja, autorização eletrónica de viagem, no site oficial.
O preenchimento é bastante simples, mas garanta e verifique que colocou os seus dados corretos, e de acordo com o passaporte. Tem um custo de 9-10 USD, dependendo do cambio. O K-ETA permite estadias até 90 dias.
Guia de Viagem Coreia do Sul
#50 Finalmente, se quiser comprar um guia de viagem, sugerimos este guia da Lonely Planet que tem bastante informação útil.
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